quinta-feira, 30 de abril de 2020

Editorial - Ano 1 - Volume 4.


FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 4, Série 30/04, 2020.

 

Neste quarto número da Revista FAPEN ON-LINE, em tempos de pandemia global e paralização em todos os segmentos, foram submetidos poucos textos para publicação.

O Pentágono (faculdade de colégio), corajosamente, optou por prosseguir com suas atividades acadêmicas em ambiente remoto.

As aulas prosseguiram em caráter online, com professores e alunos conectados em tempo real.

 

A Revista também prosseguiu com suas atividades e submetemos sua indexação ao Latindex, órgão responsável pela divulgação, verificação por pares e avaliação de publicações em toda América Latina, além de Portugal e Espanha; em breve teremos uma resposta.

Realizamos a partir deste número algumas alterações na diagramação que podem ser facilmente notadas, dentre as quais o posicionamento do sumário em destaque no inicio da página ao lado direto.

 

Destarte, novamente reforçamos o compromisso de divulgar projetos e pesquisas inovadoras desenvolvidos no Pentágono.

 

Abrindo agora a oportunidade, também, de participação na Revista aos interessados vinculados a outras instituições.

Pesquisadores, estudantes, professores e demais interessados, da instituição e fora dela, estão convidados a submeter textos ao conselho editorial, com vistas a sua publicação caso aprovado.

Lembramos que contamos com o reconhecimento garantido pelo ISSN.

 

Qualquer duvida, o editor pode ser contatado através do e-mail da revista.

Os artigos, ensaios, resenhas de livros ou filmes, noticias e sugestões de pautas devem ser enviados ao editor através do e-mail:

fapen.publicacoes@gmail.com

 

Lembramos que a revista é classificada como interdisciplinar, não possui fins lucrativos e tem periodicidade mensal.

Publica textos em 4 (quatro) segmentos:

 

1.         Tecnologias: Projetos de articulação e Inovação;

2.         Negócios/Empreendedorismo: Estratégias em Gestão Organizacional;

3.         Sustentabilidade: Higiene, Segurança, Ambiente e Responsabilidade Social;

4.         Educação e artes: divulgar a produção acadêmica sobre temas de interesse para a pesquisa em educação e artes.

 

Os textos encaminhados ao editor devem seguir as orientações contidas nas normas de publicação.

A qual pode ser acessada através do link:

https://fapenpentagono.blogspot.com/2020/01/normas-para-publicacao.html

 

Os textos encaminhados para submissão são examinados pelo Conselho Editorial e revisados.

 

A Revista conta com expediente formalizado na coluna ao lado direito da tela, um corpo técnico-administrativo formado pelos coordenadores de cursos da faculdade e pelo revisor e um conselho editorial composto por professores titulados da FAPEN e de outras universidades (visando garantir a isonomia cientifico-acadêmica).

Na mesma coluna ao lado direito, o leitor tem acesso ao Sumário de cada publicação (mês), link de acesso para as normas de publicação e e-mail de contato, formulário de contato, link que permite seguir a publicação através de perfil no Google (possível também através de e-mail cadastrado na revista), acesso ao currículo lattes dos membros do conselho editorial e do corpo técnico-administrativo (clicar na foto correspondente).

 

Os textos mais acessados e o índice de volumes publicados podem ser encontrados na coluna ao lado direito; no rodapé, consta índice de assuntos/ temas publicados e índice de autores dos textos.

Permitindo fácil localização do texto de interesse dos leitores.

 

Neste quarto número, temos dois interessantes artigos:

 

Artigos:

 

1. O cenário atual dos cursos de graduação em engenharia de computação no Brasil - de autoria em conjunto da Prof. Dr. Graciela de Souza Oliver e Profa. Ms. Márcia Cristina Gomes Molina.

https://fapenpentagono.blogspot.com/2020/04/o-cenario-atual-dos-cursos-de-graduacao.html

 

2. Um olhar inovador para a reciclagem: Eco-Triciclo acoplado a uma caçamba, movido à energia solar - trabalho orientado, em etapas diferentes, pela Profa. Dra. Sandra Regina Pícolo e pela Profa. Ms.Simone Pettersen Nunes; de autoria de Carina Stephanie do Nascimento, Célia Xavier de Souza Jardim e Elizabeth Nascimento da Silva; as quais concluíram o curso de Administração de Empresas na FAPEN em 2015.

https://fapenpentagono.blogspot.com/2020/04/um-olhar-inovador-para-reciclagem-eco.html

 

 

Ressaltamos novamente que a Revista recebe propostas de colaboração, as quais serão analisadas pelo editor e conselho editorial.

Convidamos todos a seguir a publicação, clicando no link seguir na coluna ao lado direito, abaixo do sumário.


Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

Editor de Publicações FAPEN.




sábado, 25 de abril de 2020

O cenário atual dos cursos de graduação em engenharia de computação no Brasil.


FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 4, Série 25/04, 2020.


bbb
Prof. Dr. Graciela de Souza Oliver

Pós-Doutorado em História - UFMG.
Doutora em Ensino e História de Ciências da Terra - UNICAMP.
Mestre em Política Científica e Tecnológica - UNICAMP.

Graduada em História - UNICAMP.


Profa. Ms. Márcia Cristina Gomes Molina

Mestre em Ciências Humanas e Sociais - UFABC.

Especialista em Gestão de Pessoas - USCS.
Especialista em Gestão Empresarial - UNINOVE.
Especialista em Docência do Ensino Superior - FA.
Graduada em Administração - UNIA.



RESUMO: O presente artigo busca discutir de maneira abrangente o ensino superior em engenharia de computação no Brasil. Para tanto, resgata-se brevemente o relato sobre os primeiros cursos de engenharia no cenário brasileiro até chegarmos aos últimos dados estatísticos gerais do ensino superior em computação de acordo com o Censo de 2013 realizado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Esta análise tem por fim remeter as tensões existentes na formação da área por meio de um viés da Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)

PALAVRAS-CHAVE: Engenharia, Computação, ensino superior, CTS, SBC.


ABSTRACT: This article discusses comprehensively higher education in computer engineering in Brazil. To this end, we recall briefly the account of the first engineering courses in the Brazilian scene until we get to the last general statistical data of higher education computing according to the 2012 Census conducted by the Brazilian Computer Society (SBC). This analysis is intended to refer tensions in the training area through a bias of Science, Technology and Society (STS)

KEYWORDS: Engineering, Computer Science, Statistics, CTS, SBC.



1. INTRODUÇÃO. 

Observa-se que ao longo do tempo o desenvolvimento científico e tecnológico sempre esteve atrelado à necessidade de atender a uma demanda de mercado e à ideia de desenvolvimento econômico. Desta forma, subentende-se a ciência e a tecnologia como desprovida de qualquer aspecto contextual mais específico. Neste sentido, as novas Diretrizes Curriculares Nacionais de 2002 para os cursos de graduação em Engenharia buscaram resgatar os aspectos sociais, culturais, ambientais e políticos contemplados no desenvolvimento científico, incentivando o desenvolvimento de um conhecimento generalista e humanístico ao aluno de engenharia.

No entanto, observa-se que as tensões existentes entre o desenvolvimento científico visto apenas como mercado e a formação humanística requerida pelas novas diretrizes conflitam. Em meio a esta tensão, acredita-se que a interdisciplinaridade contida nos estudos do campo CTS seja uma alternativa à construção de uma nova formação tecnocientífica. Assim, para que se compreenda o engendramento desses conflitos e as alternativas possíveis, faz-se necessário compreender aspectos históricos dessa trajetória de formação da área.

 

2. A TRAJETÓRIA DOS CURSOS DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO NO CENÁRIO BRASILEIRO. 

Os cursos de engenharia emergiram em meio à necessidade de expansão dos conhecimentos científicos e da urgência em solucionar os problemas de forma prática no decorrer do século XVIII e XIX, especialmente a partir da construção e desenvolvimento de maquinários.

Os primeiros cursos na área de engenharia no Brasil datam de 1699 e emergem por meio do ensino militar na Aula de Fortificação. 

Entretanto alguns registros apontam a realização do primeiro curso formal de engenharia como sendo na Academia Real Militar, em 1810. E, alguns autores ainda citam a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, de 1792, situada no Rio de Janeiro como precursora dos cursos de engenharia devido às suas aulas de fortificação (SANTOS; SILVA, 2008, p.1-2).

A Academia Real Militar é considerada a terceira escola de engenharia do mundo e a primeira das Américas. 

Nesse momento, a engenharia era aprendida pelo ensino de ciências exatas o que contribuía para a formação de engenheiros direcionados à construção de canais, caminhos, portos, armamentos, calçadas, etc. Segundo Rocha et al (2007) a Academia Real Militar apresentava cursos voltados às Ciências Matemáticas, Físicas e Naturais, sendo estes disponibilizados em dois cursos: curso de engenharia e ciências militares e outro voltado para a engenharia civil. Na época foi a primeira escola superior a funcionar em um prédio construído para este fim e também reconhecida como o berço da engenharia brasileira. 

De acordo com Santos e Silva (2008, p.02): 

Ao longo dos anos a Academia Real Militar passou por reformas e transformações. De acordo com o Instituto Militar de Engenharia (1999), bem como com Bazzo e Pereira (1997) seu nome mudou quatro vezes: Imperial Academia Militar (1822), Academia Militar da Corte (1832), Escola Militar (1840) e Escola Central (1859).  

Observa-se que, os primeiros cursos de engenharia apresentavam enfoque meramente direcionado às questões da construção civil (obras e artes) e de segurança militar (obras e artes de defesa e estratégicas). 

Posteriormente, em 1874, foi criada a Escola Politécnica do Rio de Janeiro que apresentou um novo caráter nos estudos de engenharia, desvinculando-se da origem militar. 

Em 1876, surgiu a Escola de Minas de Ouro Preto e na sequência, em 1893, a Politécnica de São Paulo e, em 1896, a Escola de Engenharia do Mackenzie College e a Escola do Recife; em 1897, a Politécnica da Bahia e, ainda em 1897, em Porto Alegre, a Escola de Engenharia de Porto Alegre (SANTOS; SILVA, 2008, p.03-04).

O exercício da profissão de engenheiro foi regulamentado em 1933 através do Decreto Federal nº 23.569 (SANTOS; SILVA, 2008, p.03-04), para o qual se estabelece também um conselho de registro de profissão denominado Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura -CREA. 

Tendo a história da profissionalização da engenharia agronômica como modelo, desde a década de trinta nota-se uma tríplice aliança de negociação: tendo o Ministério da Educação como fiscalizador e promotor de políticas; o CREA como credenciador das práticas e delimitador dos limites das profissões e, por fim, a comunidade científica responsável pela formação dos currículos e dos recursos humanos (Oliver, 2009).

Atualmente, a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) disponibiliza dados estatísticos acerca do ensino superior na área computacional, incluindo Engenharia de Computação com a finalidade de averiguar a evolução da área. 

Esses dados são coletados por meio do Instituto Nacional de Estudos e Cultura (INEP/MEC). E junto com as novas diretrizes de 2002, observamos o mesmo tripé de negociação ou os três principais atores que contribuem para a institucionalização da área no momento atual: Estado; Sociedade Científica e CREA.

 

3. ESTATÍSTICAS GERAIS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR EM COMPUTAÇÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO.

Desde 2001, a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) realiza pesquisas sobre a educação no ensino superior direcionada a quantificação de dados sobre o número de alunos concluintes e ingressantes na área da computação, assim como pesquisas sobre gênero e o crescimento de cursos na área. 

De acordo com os dados  estatísticos do último censo, observou-se que a área computacional, em 2009, apresentou um crescimento expressivo em relação aos anos subsequentes. 

Em 2011, apresentou uma acentuada queda e, em 2012, houve um pequeno aclive na procura de cursos na área.

Diante desta conjuntura, a Sociedade Brasileira de Computação, por meio de grupos de trabalho, tem a finalidade de balizar os dados computados e investir em propostas de melhorias de grades curriculares relacionadas aos cursos da área computacional e também propor novos instrumentos de avaliação.

Segundo o levantamento dos dados estatísticos realizados em 2013, os cursos tecnológicos continuam sendo os mais procurados, correspondendo a 44,91%, seguido pelos cursos de Sistemas da Informação com 26,59%. 

Os cursos relacionados à Ciência da Computação representam 15,30%. Na sequência, com menos expressividade temos os cursos de Engenharia da Computação com 6,63%, Licenciatura em Computação com 4,00%, seguidos por Outros cursos com 1,69%, Sequencial de formação específica com 1,06% e Engenharia de Software com 0,27%, conforme ilustrado na FIGURA 1. Todos os cursos de Engenharia a princípio devem ter como uma de suas referências tanto as recomendações do CREA como as novas diretrizes curriculares para engenharias, como um todo.

Nota-se, portanto que a área computacional abrange diversos perfis profissionais e apenas a menor parte destes profissionais estariam vinculados ao sistema histórico de negociação da formação de recursos humanos em C&T. 

Dessa forma, a SBC assume um peso maior nessa delimitação do que os demais atores.


A FIGURA 2 demonstra os estudos realizados pelo SBC em relação à criação de cursos direcionados à área computacional entre 2008 e 2013, e demonstra a Região Sudeste como a região que mais criou cursos na área da computação somando aproximadamente 45,70%, enquanto a Região Sul apresentou 20,60%, na Região Nordeste o índice foi de 17,70%, seguida pela Região Centro-Oeste com 9,60% e a Região Norte apresentou apenas  6,40% de cursos criados na área.


Outro dado demonstrado na FIGURA 2 é que a maior demanda por cursos tecnológicos está concentrada na Região Sudeste e Região Sul do país. Com base nesta constatação, observa-se que os estudantes têm buscado nos cursos superiores de tecnologia uma formação acadêmica específica e de curta duração, em média de dois anos. 

Na FIGURA 3, é possível averiguar a evolução dos cursos superiores tecnológicos em uma escala cronológica.


De acordo com dados do Censo 2013, nota-se que diversas variações quantitativas estão relacionadas à criação das Diretrizes Curriculares Nacionais modificadas em 2002, as quais aprovaram os cursos tecnológicos. 

Estes, por sua vez, são caracterizados pela formação de curto prazo e rápida acessibilidade ao mercado de trabalho, tornando-se atraente para um significativo número de alunos do Ensino Médio.

A maior parte destes cursos é ofertada por universidades privadas e chegam a custar 40% a menos que os cursos de bacharelado. 

As universidades privadas, por sua vez, para formar profissionais em um curto prazo de tempo estruturam suas matrizes curriculares com base em conhecimentos teóricos e técnicos, embasados em disciplinas consideradas “duras” e se fundamentam no exercício prático e racional da profissão.

Este cenário remete à continuidade dos estudos que contempla a possibilidade de ingressar em cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu ao concluir o curso tecnológico. 

Este é mais um fator que influencia na escolha por estes cursos, haja vista, que o discente em quatro anos (tempo correspondente à duração média de um bacharelado) possa fazer uma graduação e uma especialização neste mesmo período de tempo. 

Acredita-se que o curso de engenharia de computação assim como os demais bacharelados em áreas computacionais sofreu uma queda no período de 2008 e 2012 devido à opção dos alunos por uma formação de curta duração oferecida pelos cursos tecnológicos.


4. MAPEAMENTO DOS CURSOS DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO NO BRASIL.

De acordo com os dados do websítio oficial do sistema E-MEC, os cursos de Engenharia de Computação no Brasil abrangem um total 1.039 cursos, sendo que há 1.025 cursos em atividade, 10 cursos em processo de extinção e 4 cursos já foram extintos, conforme TABELA 1 .


Neste contingente, observa-se que 50 cursos são ofertados em universidades públicas em modalidade presencial, enquanto 975 cursos são ofertados em universidades particulares, sendo que dentre esses, 866 cursos são ofertados em modalidade à distância e 109 cursos são oferecidos em modalidade presencial. 

Ressaltando que a maioria dos cursos está concentrada nas Regiões Sudeste e Sul do país, conforme TABELA 2.


Vale destacar que a grande maioria dos cursos de engenharia de computação tem sido ofertada em modalidade à distância em universidades particulares em virtude da flexibilidade de acesso as aulas.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Ensino à Distância (ABED), o perfil do aluno de graduação a distância tem sofrido alterações, em um primeiro momento, o perfil do discente era composto por alunos com mais de 30 anos, com família constituída e que atuam no mercado de trabalho e atualmente com a tecnologia, como celulares, notebooks, tablets, redes sociais, o perfil do aluno tem sofrido alterações, agregando alunos cada vez mais jovens.


5. A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS CTS NA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO.

Nota-se que ao longo do tempo a construção científica sempre esteve atrelada a neutralidade.

No entanto, ao resgatarmos aspectos históricos e sobre o perfil da oferta de vagas, observa-se que estes preceitos se mantêm e se estendem às formações.

A concepção do empreendimento tecnocientífico como instrumento descolado da sociedade não se sustenta, nem pelos aspectos históricos, sociais e políticos, com a nova legislação.

Segundo Dias e Serafim (2009) a educação CTS possibilita reflexões acerca dos aspectos humanísticos imbuídos no desenvolvimento em ciência e tecnologia e suscitam uma visão crítica e social que promovem a democratização nesta área.

Para Luckemeyer e Junior (2010, p. 175), os estudos CTS:

se justificam pelas relações e influencia mútua entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, pois ao mesmo tempo em que a sociedade define novas tecnologias e encaminhamentos científicos, esses por sua vez, podem interferir na sociedade definindo novas relações sociais e condições de vida.

Corroborando deste entendimento Fuck, Korbes e Invernizzi (2011) compreendem que a disciplina CTS não deve ser limitada apenas aos cursos direcionados ao desenvolvimento de C&T, ela deve ser expandida para as demais áreas do conhecimento, da mesma forma que deve ser reconhecida pelas instituições de ensino e pelos docentes, tão relevante quanto às disciplinas tradicionais que compõem as grades curriculares. 

Neste sentido, os autores reconhecem que:

os estudos CTS colaboram também para a ampliação da percepção da sociedade – ou, ao menos em um primeiro momento, dos estudantes dessa temática – sobre os condicionantes e implicações da pesquisa e do desenvolvimento científico e tecnológico. Para além de um melhor entendimento dessas relações, tais estudos dão embasamento a um posicionamento crítico e mais amplamente informado, uma base imprescindível para a construção de práticas de participação pública mais qualificadas em questões relacionadas às políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) (FUCK; KORBES; INVERNIZZI, 2011, p.01).  

Nesta perspectiva, compreendemos que os estudos CTS configuram como um marco conceitual que atrela o desenvolvimento científico ao desenvolvimento humano.

Busca-se com isso assegurar ao educando, especificamente de engenharia de computação, uma postura abrangente e interdisciplinar que esteja atenta as demandas sociais.


6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Ao longo dos anos observa-se que a área de computação tem se desenvolvido rapidamente.

Muitos são os fatores que contribuíram para essa evolução, entre eles pode-se destacar a necessidade de investimento em tecnologia e a implementação de políticas públicas que empreendam o desenvolvimento tecnocientífico do país.

Atualmente, a Sociedade Brasileira de Computação é reconhecida como a maior associação da América Latina neste segmento.

Ela tem atuado na disseminação do ensino superior em computação por meio de parcerias estratégicas com instituições de ensino e por meio da criação de estatísticas, que possibilitem analisar quantitativamente a evolução nesta área.

Nota-se que a educação profissional e tecnológica tem se destacado nos últimos anos, em virtude de ser uma formação rápida e especializada que capacita o aluno para exercer uma profissão no mercado de trabalho, além de ter sido valorada pela política nacional como uma ação estratégica para o crescimento do país.

Os cursos de engenharia de computação estão concentrados na região Sudeste e Sul do país, sendo ofertado em grande parte na modalidade à distância e por universidades particulares.

Não se nota nessa formação uma preocupação com a geração de inovações, pesquisas de pós-graduação e com parcerias com empresas.

Em recente pesquisa de mestrado abordou-se o tema e se considera que, mesmo nestes cursos de engenharia da computação, a julgar pelos artigos que abordam o contexto das novas diretrizes curriculares em cursos específicos, não há uma clara intenção de incluir uma visão mais humanista e contextualizada do conhecimento científico e tecnológico, voltando-se para os problemas e necessidades locais.

No entanto, é relevante a comunhão de esforços no desenvolvimento da educação tecnológica no Brasil, especificamente em engenharia de computação.

Acredita-se que a contribuição desta área do conhecimento seja fundamental para os futuros desafios do avanço da ciência e da tecnologia na sociedade.

Sendo que, os estudos CTS caracterizados pela sua abrangência investigativa no âmbito educacional, acadêmico e das políticas públicas têm sido reconhecidos como uma alternativa para a compreensão dos fenômenos tecnocientíficos pelo viés dos impactos sociais, ambientais, econômicos, políticos e culturais da C&T. 


7. REFERÊNCIAS.

ABED. Associação Brasileira de Ensino à Distância. Disponível em: http://www.abed.org.br/site/pt/faq/ Acesso em 29 de junho de 2015.

DCNs. Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação em Engenharia. MEC, Brasília, 2002.

DIAS, Rafael de Brito. SERAFIM, Milena Pavan. Educação CTS: uma proposta para a formação de cientistas e engenheiros. IN: Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas).Avaliação (Campinas), vol. 14 n. 3, Sorocaba nov. 2009. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-40772009000300005 Acesso em 20 de julho de 2014.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 2010.

FUCK, Marcos Paulo. KORBES, Cleci. INVERNIZZI, Noela. CTS no ensino superior: oportunidades e desafios de uma área em (trans)formação. IN: Revista CTS.net, 2011. Disponível em: http://www.revistacts.net/files/CTS%20NO%20ENSINO%20SUPERIOR.pdf Acesso em 01 de Fevereiro de 2015.

LUCKEMEYER. Alfonso Celso Arruda Bianchini. CASAGRANDE  JUNIOR, Eloy Fassi. Uma introdução aos estudos CTS na América Latina com enfoque em tecnologia e ambiente. IN: Revista Educação e Tecnologia. Periódico Técnico-Científico do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – Curitiba: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (antigo CEFET-PR), n. 10, p. 175- 207, 2010. Disponível em: http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/revedutec-ct/article/view/1108 Acesso em 28 de novembro de 2014.

OLIVER, Graciela de Souza. Institucionalização das Ciências Agrícolas e Seu Ensino no Brasil. São Paulo: Annablume, 2009.

PORTAL DO SISTEMA E-MEC. Disponível em: http://emec.mec.gov.br/ Acesso em 02 de junho de 2014.

PORTAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO. Disponível em: http://www.sbc.org.br/ Acesso em 29 de junho de 2015.

ROCHA, Ana Júlia Ferreira. et al. Engenharia, origens e evolução. IN: XXXV Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia - COBENGE, 2007. Disponível em: http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2007/artigos/178-Ana%20J%C3%BAlia%20Ferreira%20Rocha.pdf Acesso em 13 de junho de 2014.

SANTOS. Sara Rios Bambirra. SILVA. Maria Aparecida. Os cursos de engenharia no Brasil e as transformações nos processos produtivos: do século XIX aos primórdios do século XXI. IN: Educação em foco, 2008.  Disponível em: http://www.uemg.br/openjournal/index.php/educacaoemfoco/article/view/65 Acesso em 02 de Março de 2014.



segunda-feira, 20 de abril de 2020

Um olhar inovador para a reciclagem: Eco-Triciclo acoplado a uma caçamba, movido à energia solar.


FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 4, Série 20/04, 2020.


Profª Drª Sandra Regina Pícolo

Doutora em Ciências da Comunicação-USP. 
Mestre em Literatura e Crítica Literária-PUCSP.

Especialista em Literatura e Semiótica-FASBS. 

Graduada em Letras-FSA. 
Graduada em Pedagogia-FASB.

Orientadora na Etapa 1 do projeto.
Profª Ms.Simone Pettersen Nunes

Mestre em História - Unesp. 

Orientadora na Etapa 2 do projeto.







AUTORES: Carina Stephanie do Nascimento; Célia Xavier de Souza Jardim; 
Elizabeth Nascimento da Silva.



RESUMO: Este artigo é fruto de um projeto de articulação e inovação, executado nos sétimo e oitavo módulos do curso de graduação em Administração de Empresas entre os anos de 2014 e 2015. Toda a pesquisa foi realizada por três alunas do curso, orientadas por duas docentes da faculdade Fapen. A pesquisa contemplou a criação da empresa Sustor e seu produto inovador o qual recebeu o nome de Eco, um triciclo acoplado a uma caçamba, movido à energia solar. A motivação partiu da observação do trabalho de inúmeras pessoas que sobrevivem da reciclagem, especificamente, as que se utilizam de carroças para armazenarem os objetos recolhidos. Ao notar o esforço sobre-humano destes trabalhadores, que com seus próprios braços movem estas pesadas carroças, e exercem um trabalho sob condições precárias, o estudo, por meio de coleta de dados e pesquisas bibliográficas, buscou alternativas para oferecer a eles melhores condições para exercer esta função. Criou-se, portanto, a empresa Sustor e o produto: triciclo acoplado a uma caçamba, movido à energia solar, visando ajudar estes catadores de objetos recicláveis, profissionais que contribuem para a sustentabilidade e vida do planeta, com o intuito de facilitar a sua locomoção, além de trazer inovação e tecnologia. Para a efetivação do projeto, além das pesquisas teóricas, foi realizado um planejamento estratégico para criar a empresa e o produto em questão, buscando parceiras para implementação do projeto, o qual tem um apelo ecológico e valoriza a responsabilidade ambiental.

PALAVRAS-CHAVE: catadores, reciclagem, energia solar, sustentabilidade.

ABSTRACT: This article is the result of an articulation and innovation project, carried out in the seventh and eighth modules of the undergraduate course in Business Administration between the years 2014 and 2015. The entire research was carried out by three students of the course, guided by two professors from the Fapen college. The research included the creation of the company Sustor and its innovative product which received the name Eco, a tricycle attached to a bucket, powered by solar energy. The motivation came from observing the work of countless people who survive on recycling, specifically, those who use carts to store the collected objects. Upon noting the superhuman effort of these workers, who move their heavy carts with their own arms, and work under precarious conditions, the study, through data collection and bibliographic research, looked for alternatives to offer them better conditions for exercise this function. Therefore, the company Sustor and the product were created: a tricycle attached to a bucket, powered by solar energy, aiming to help these recyclable objects collectors, professionals who contribute to the sustainability and life of the planet, in order to facilitate their locomotion, besides bringing innovation and technology. In order to carry out the project, in addition to theoretical research, strategic planning was carried out to create the company and the product in question, seeking partners to implement the project, which has an ecological appeal and values environmental responsibility.

KEYWORDS: collectors, recycling, solar energy, sustainability.



1. SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE.


Na literatura há diversos conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável. 

Defimos neste projeto o termo sustentável como a busca do equilíbrio entre as necessidades do ser humano e o meio ambiente. 

Preservar o meio ambiente é um dos princípios fundamentais da sustentabilidade. 

A sociedade sustentável é aquela que não coloca em risco os recursos naturais, mantendo-os constantes ou estáveis por um longo período, ou seja, desenvolvendo meios sustentáveis para preservar os recursos naturais que ela depende. 

Também, muitas empresas, na atualidade, preocupam-se com o destino de resíduos e buscam adotar um conjunto de ações com o objetivo de atuar de maneira consciente.

No Brasil a preocupação com o descarte correto de resíduos sólidos tem aumentado e os avanços nos índices de reciclagem desses resíduos deve-se, em grande parte, aos catadores.

Por esta razão, pensando em preservar a natureza e, também, ajudar o trabalho dos catadores de recicláveis, apresentamos a possibilidade de construir um triciclo acoplado a uma caçamba, movido à energia solar, que será armazenada por uma placa de energia Fotovoltaica, com painéis que duram 25 anos de vida útil, com vidros temperados de 3,2 mm que se opõem ao granizo. 90% dos painéis fabricados hoje são feitos de cristal silício ultra que garante essa durabilidade (PEREIRA, 2011).


2. A ROTINA DOS CATADORES DE RECICLÁVEIS.

Os catadores de objetos recicláveis são aqueles que recolhem, selecionam e vendem resíduos sólidos urbanos como papel, papelão, metais, aço, plástico, vidro etc. bem como materiais ferrosos e outros materiais reaproveitáveis. 

De acordo com a Cáritas do Brasil, hoje atua no país 500 mil catadores de recicláveis. 

A profissão dos Catadores foi reconhecida na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) pela portaria n°397, de 09 de outubro de 2002, do Ministério do Trabalho, sob o código n° 5.192-05.

O surgimento desta categoria é resultado de um modelo de acumulação do capital e de um processo de industrialização desigual, que atraiu grandes contingentes do nosso povo para as cidades, sem perspectiva de emprego para todos. 

Nos últimos 70 anos encontraram uma forma de sobrevivência sua e de sua família nas ruas das cidades ou nos lixões, a partir da coleta de materiais recicláveis.

Hoje há várias legislações, leis federais, leis municipais, leis estaduais, decretos, resoluções, portarias e inúmeros instrumentos jurídicos que garantem o trabalho deles. 

Eles conquistaram o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). 

Com a implantação de cooperativas e associações.

A importância destes trabalhadores é imprescindível, os quais encontram nos resíduos sólidos, chamados de lixo pela sociedade, a sua fonte de renda e sobrevivência.

No Brasil geram-se 180 mil toneladas de resíduos por dia, das quais 58 mil são materiais recicláveis.

Os esforços destes Catadores contribuem para que sejam reciclados no país:


  • 98% das latinhas de alumínio;
  • 56%do plástico;
  • 48%do papel;
  • 47% do vidro.


Os Catadores conseguiram sua inserção social na Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. 

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o trabalho desenvolvido por eles, reduz os gastos do governo com o sistema de limpeza pública, aumenta a vida útil dos aterros sanitários, diminui a demanda dos recursos naturais e fomenta a cadeia produtiva das indústrias recicláveis com geração de trabalho.


Os Catadores conquistaram também o Dia Mundial dos Catadores, comemorado no dia 1 de março, em memória ao assassinato brutal de 11 Catadores, na Colômbia. 

Nos últimos 20 anos, desde o massacre, as 15 milhões de pessoas, que vivem da reciclagem no mundo, vem lutando pelo reconhecimento do seu trabalho


3. O PRODUTO E A ENERGIA SOLAR.

O aproveitamento da energia natural emitida pelo Sol, pela sua luz e calor é feito com diferentes equipamentos e tecnologias, como o aquecimento solar, a energia solar fotovoltaica, a energia Helio térmica entre outras.

Cada vez mais se procura recorrer à importância de um desenvolvimento sustentável, explorando a geração de energias renováveis, como fator de preservação ambiental, não só pela questão econômica, como também pela preservação do ambiente.

A fim de elucidar tecnicamente como se aproveita a energia natural pelo Sol, Goldemberg explica que:


Os raios solares incidem sobre o painel solar, material semicondutor, transferindo a sua radiação que depois será armazenada no interior do painel, transformando-a em calor que será conduzido por tubos onde há água, aquecendo-a. Esta água, depois de aquecida, será então armazenada em um depósito com este fim.(2008, p.22)

As partículas de luz do Sol são chamadas de fótons e levam 8 minutos e 20 segundos para percorrer a trajetória do Sol até os painéis solares. 

Enquanto houver luz, os elétrons continuam a criar corrente elétrica, alimentando a placa Fotovoltaica, que são fabricadas com várias potências. 

As mais utilizadas são as de 310 w, geralmente utilizadas para residências e, também, para aplicações maiores industriais ou usinas de energia.


  • Geração de Energia Diária- Painel 310 w 8,52A
  • Isolação Média Diária Watts Ampére
  • 4 Horas de Sol 1240 w 34,1A
  • 5 Horas de Sol 1550 w 42,6ª
  • 6 Horas de Sol 1860 w 51,1ª
  • Média Mensal de Energia 38.440 kWh/Mês



O Gás Carbônico (CO²) é o principal responsável pelo efeito estufa, ele é produzido pelos meios de transportes, carros e caminhões, principais por essa emissão que chega em torno de 70%. 

O segundo lugar fica para as atividades agrícolas, porém com a plantação, acontece a fotossíntese, convertendo o CO² em massa vegetal amenizando este impacto.

Conscientes dos benefícios ambientais associados à reciclagem e buscando dar melhores condições de trabalho aos catadores, desenvolvemos um carrinho movido à energia solar que produz uma energia limpa e renovável, não influindo no efeito estufa. 

Seu processo de operação não utiliza turbinas ou geradores e nem há necessidade de um operador para captá-la.

Quando se menciona Energia Solar, sabe-se que as vantagens são:


  • A energia solar não polui durante o seu uso; 
  • É cada vez mais uma solução economicamente viável; 
  • Baixa necessidade de manutenção; 
  • É excelente em lugares de difícil acesso porque a sua instalação não obriga a grandes investimentos em linhas de transmissão; 
  • É extremamente ecológica usar esta energia, é renovável, gratuita, poupa dinheiro e recursos; 
  • Em países tropicais a utilização de energia solar é viável praticamente em todo território;  
  • Energia limpa, não causa poluição ou gases de efeito estufa e nem poluição sonora, pois sua captação de energia é silenciosa, ou seja, não agride o meio ambiente. 
  • Dos recursos renováveis como energia eólica, energia hídrica e solar, a energia solar é a mais consistente e previsível.


Por outro lado, em relação às desvantagens:


  • Os preços são muito elevados comparando –se a outros meios de energia;
  • Existe variação nas quantidades produzidas dependendo da situação climática, além de que durante a noite não existe produção. 
  • Necessita de meios de armazenamento de energia produzida durante o dia; 
  • Locais com latitudes médias, altas e com frequente cobertura de nuvens costumam sofrer quedas bruscas na produção de energia; 
  • As formas de armazenamento da energia são pouco eficientes. 


Diante do exposto entende-se que a energia solar tem grande apelo para a gestão ambiental e a sustentabilidade. 

A capitação e armazenagem de energia solar pelo carro tende a concorrer de forma significativa com a diminuição dos impactos ambientais e, ainda, colaborar com a coleta de materiais recicláveis. 

Sabe-se que as empresas atualmente são cobradas por atitudes ambientais e que abarquem não só a sustentabilidade, mas a reutilização, visando minimizar os impactos ambientais. 

Muitos benefícios podem lhes trazer com o uso de energia solar como economia de energia elétrica, retorno certo do investimento realizado, além da projeção positiva da imagem da empresa com o desenvolvimento de uma cultura de sustentabilidade.


4. O EMPREENDIMENTO.

Antes de iniciar a análise de mercado do nosso produto inovador, é necessário discorrer sobre o tema com o intuito de fortalecer nossa pesquisa com o devido embasamento teórico.


Primeiramente define-se análise como “a seção do plano de marketing que torna úteis as informações disponíveis.” (KOTLER, 2006, p.275) e mercado como “o conjunto de pessoas ou organizações cujas necessidades podem ser satisfeitas por produtos ou serviços e que dispõe a renda para adquiri-los.” (KOTLER , 2006, p.03). 

De uma forma abrangente pesquisa de mercado é o “ponto de partida não só para o marketing como também para o planejamento estratégico da empresa”. (KOTLER, 2006, p.12).

Para que haja sucesso em um lançamento de um produto é necessário ter um ótimo planejamento estratégico, pois este auxilia as organizações a certificar-se de possíveis ameaças e um breve diagnóstico de oportunidades e melhorias. 

Logo se define planejamento estratégico como “uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando ao maior grau de interação com o ambiente”. (KOTLER, 2006, p.71). 

Como se vê, Kotler (2006) aponta o planejamento estratégico como um conjunto de métodos e procedimentoso os quais permitem estabelecer um caminho a ser seguido pela empresa, objetivando interagir com o meio. 

Existem várias ferramentas que podem auxiliar o desenvolvimento dos processos, uma delas é a análise Swot, que a partir da divisão de dois cenários, internos e externos, podemos acompanhar os processos e evitar futuros problemas. 

A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Oppotunities e Threats), que em português significa força fraqueza, oportunidade e ameaça, é uma técnica utilizada para a gestão e o planejamento das empresas.

No ambiente interno, as forças e as fraquezas de uma empresa devem ser analisadas pelo gestor diariamente, para que se possa manter a qualidade do seu produto e estar atento a possíveis concorrentes.

Já, no ambiente externo, o gestor tem que estar atento às novidades do mercado, ainda mais quando se trata de produtos do mesmo ramo de atividade; deve acompanhar o mercado, evoluir à medida que a tecnologia avança e não ter miopia mercadológica, pois atualmente qualquer falta de atenção pode resultar na falência de qualquer organização.


5. ANÁLISE SWOT.

A famosa Matriz SWOT, também dita análise, foi desenvolvida na década de 60 na Universidade de Stanford, e rapidamente se transformou num método utilizado por todas as principais empresas do mundo na formação de suas estratégias. 

Esta ferramenta é utilizada para examinar na empresa fatores que afetam seu funcionamento. De acordo com o teórico Oliveira (2007, p.37), análise SWOT é assim definida:


  • Ponto forte é a diferenciação conseguida pela empresa – variável controlável – que lhe proporciona uma vantagem operacional no ambiente empresarial (onde estão os assuntos não controláveis pela empresa).
  • Ponto Fraco é a situação inadequada da empresa – variável controlável – que lhe proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial.
  • Oportunidade é a força ambiental incontrolável pela empresa, que pode favorecer sua ação estratégica, desde que conhecida e aproveitada, satisfatoriamente, enquanto perdura.


Ameaça é a força ambiental incontrolável pela empresa, que cria obstáculos à sua ação estratégica, mas que poderá ou não ser evitada, desde que reconhecida em tempo hábil. (grifos nossos)

Estas áreas são separadas em análise interna (forças e fraquezas) e análise externa (oportunidades e ameaças). 

Além disso, também existe a visão dos elementos que ajudam (forças e oportunidades) e aqueles que atrapalham (ameaças e fraquezas).

Segundo Kotler (2006), a análise SWOT consiste em uma análise dos ambientes externo e interno e, segundo Michael A. Hitt (2008), ela tem um importante objetivo de estudo do ambiente geral que é a identificação das oportunidades e ameaças.


  • Ambiente interno: É necessário avaliar as forças e as fraquezas internas no que diz respeito ao marketing, finanças, produção e capacidades organizacionais. E limitar os pontos fortes necessários ou se deve examinar melhores oportunidades para adquirir ou desenvolver determinadas forças. (HITT, 2008, p.76)
  • Ambiente interno: Nesta era do século XXI onde há muita concorrência, condições e fatores tradicionais geram vantagens competitivas, essas informações podem ser superadas por meio de uma estratégia internacional e pelo fluxo relativamente livre de recursos através da economia globalizada. (HITT, 2008, p.99)


Com base nas informações dos autores é de extrema importância a análise do ambiente interno e externo, para não correr riscos ao criar estratégias, conforme as necessidades da empresa.

Em uma breve síntese, as forças representam os elementos internos que trazem benefícios para seu negócio; as fraquezas os os elementos que atrapalham o negócio. 

Segundo Hitt (2008, p.52), o ambiente externo é apresentado por uma condição no ambiente geral que pode ajudar a empresa alcançar a competitividade estratégica, através da identificação das oportunidades e ameaças. 

O ambiente externo deve monitorar, em uma unidade de negócios, as principais forças e os agentes que afetam sua capacidade de obter lucros, a fim de identificar as oportunidades e as ameaças. 

As oportunidades são as situações externas à empresa que podem acontecer e afetar positivamente no negócio e as ameaças são situações externas da empresa, que podem atrapalhar o negócio.


Partindo do exposto tem-se a matriz swot do produto da empresa Sustor.


Pontos Fortes

  • Inovação Tecnológica
  • Simplicidade
  • Aspecto Reciclável
  • Biodiversidade
  • Acessibilidade
  • Inclusão


Pontos Fracos

  • Dificuldade de Cultura
  • Imediatismo (algo novo)
  • Baixo Nível de Informação
  • Desgaste de Peças

Oportunidades
  • Adequação à sustentabilidade
  • Repercussão quanto à imagem
  • Ganho competitivo de mercado
  • Anunciantes participando dos custos do produto

Ameaças
  • Vulnerabilidade do tempo
  • Possíveis desgastes do produto
  • Não adesão dos catadores
  • Entrada de concorrentes internacionais


5.1 Marketing.

Para Chiavenato o marketing é o ato de “satisfazer as necessidades dos clientes, obtendo lucros com os mesmos” (CHIAVENATO, 2007, p.7). 

Kotler define-o como “a atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca.” (KOTLER, Philip, 2006, p.31). a partir destas conceituações, deduzimos que marketing é uma ferramenta essencial dentro das organizações para se obter lucros, mantendo a empresa em busca contínua de mudanças com base no que os clientes precisam e necessitam, para se manter dentro do mercado. 

Acredita-se que nosso produto satisfaça uma necessidade humana, social e corretamente sustentável.


5.2 Finanças.

Gitman considera que “finanças é arte e ciência da gestão do dinheiro.” (2007, p.04). 

Por sua vez, Chiavenato acrescenta que “finança significa a ação de prover os meios de pagamento.” (2006, p.9). 

Partindo do exposto, as finanças são essenciais para que as empresas obtenham o sucesso de seus empreendimentos.

A empresa Sustor disponibiliza-se de:
  • No mínimo 50%.
  • Fluxo de caixa – Diário.
  • Estabilidade financeira – Sim.


5.3 Produção.

A produção é a função central das organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir. (SLACK, 1996, p.34). 

Nossa produção obedecerá aos critérios:
  • Instalações - Todas com certificação;
  • Economias de escala - Evitar Banco de Horas. Escala completa;
  • Força de trabalho - Todos os colaborados adequados;
  • Capacidade de produzir no prazo - Capacidade de efetivação devido ao sistema de controle interno;
  • Habilidades técnicas de fabricação - Habilidade sistematizada e supervisionada.


5.4 Organização.

Uma organização “é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos” (MAXIMIANO, 1992, p.14). 

Pode, também, ser definida como “um conjunto de pessoas que atuam juntas em uma criteriosa divisão de trabalho para alcançar um propósito comum” (CHIAVENATO, 2005, p.24).

Na empresa Sustor trabalha-se em equipe, visando ao bem estar de todos os clientes internos para obter um trabalho com eficiência e eficácia, buscando a satisfação total de todos os clientes externos da sua segmentação. 

Define-se segmentação de mercado como “o ato de dividir um mercado em grupos distintos de compradores com diferentes necessidades e respostas." (KOTLER 1996, p.257). 

Kotler enfatiza que a segmentação de mercado é “uma estratégia de marketing que identifica grupos de clientes potenciais que segue uma ou mais características" (2000, p.03). 

Por esta razão, entende-se que o mercado da empresa Sustor contempla o público alvo formado por um grupo de indivíduos que não são clientes da empresa, mas que a influenciam por afetar a forma de organização econômica, social e política, nas palavras de Cobra (1992). 

Segundo Las Casas (2006), o mercado alvo é todo aquele mercado em que você deseja focar a sua ação. 

A partir da análise de mercado, detecta-se que o segmento de mercado será organizado da maneira a seguir definida pela empresa Sustor.


5.5 Qualidade do Produto

Qualidade “é tudo aquilo que melhora o produto do ponto de vista do cliente" (DEMING, 1993, p.56). 

Objetivando a qualidade em primeiro lugar, buscou-se oferecer manutenções regulares, procurando os melhores materiais no mercado, com profissionais qualificados e uma boa gestão nos trabalhos executados. 

Outro ponto relevante é a questão da localização do empreendimento. 

Além da loja física, há um site com a função do e-commerce. 

A empresa está estruturada numa área de 2000m² e organiza-se com os seguintes departamentos: 
  • Administrativo; 
  • Logística; 
  • Marketing; 
  • Produção; 
  • Educação continuada.

Além disso a empresa Sustor manterá um bom relacionamento com o cliente, mandando email diários para informações diversas, sempre à disposição para quaisquer problemas, para uma maior satisfação. 


6. O PRODUTO.

O primeiro é o produto genérico, este trata-se sobre o que o cliente recebe, temos como exemplos, eletro domésticos, eletrônicos, para uso próprio como carro, entre outros, podendo ser tangíveis ou intangíveis, ou seja, tangíveis aqueles que são físicos, nós pegamos, jogamos, aproveitamos como queremos e os intangíveis são os serviços, podemos ter como exemplo a garantia do produto, o atendimento entre outros. 

Produtos Ampliados são todos aqueles que têm benefícios adicionais, como lazer, entretenimento etc. 

Os dois tipos de produtos atualmente são vendidos e procurados no mercado. 

Um produto é algo que pode ser oferecido a uma mercado, para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que pode satisfazer um desejo ou necessidade. 

E inclui objetivos físicos, serviços pessoas, lugares, organizações e ideias (COBRA, Marcos, 1988 p.196).

Nosso produto é um triciclo acoplado a uma caçamba movida à energia solar, com isso podemos trazer mais agilidade ao trabalho de recicláveis, com muitos benefícios, pois além de oferecer mais limpeza, fará com que os produtos poluentes não tragam muitos danos ao meio ambiente. 

Ele próprio não libera nenhuma toxina no ar.


6.1 Ciclo de Vida de um Produto.

Tudo tem o seu tempo para ser durável em nossas vidas, sejam elementos materiais ou sentimentais. 

Todos estão predestinados a ter um término, assim também como o ser humano, pois nascemos, crescemos, envelhecemos e por fim morremos. 

Como tudo segue determinado fluxo, os produtos também são desta maneira. 

Nós os criamos, podem durar, mas nunca da mesma maneira que nasceu, pois para ele manter-se vivo precisa ser atualizado, evoluir juntamente com a mesma maneira que a tecnologia avança, e acompanhar o concorrente para que ele não tenha uma vida muita curta (GOVONI; CUNDIFF, 1981, p.196).

O ciclo de vida de um produto se resume em quatro etapas: introdução, crescimento, maturidade e declínio.

O produto triciclo acoplado a uma caçamba e movido a energia solar será vendido para prefeitura e cooperativas que repassarão para os catadores de recicláveis e será utilizado para auxiliar a coleta de recicláveis.

O ciclo de vida deste produto está neste momento na introdução. 

A partir de um planejamento estratégico serão trabalhadas as variáveis (acompanhar, pesquisar e analisar o mercado), para prever o tempo demandado para cada fase. 

Quanto ao produto sabe-se que este poderá sofrer alterações e se adaptar às necessidades dos clientes. 

Além disso há preocupações com as inovações e tendências de mercado. 

O produto foi lançado dia 28/11/2014. 

Na ocasião do lançamento contou-se com a presença responsáveis pelas prefeituras, cooperativas, prefeitos, jornalistas, secretários etc. 

O produto está voltado para o público de empresas estatais e cooperativas e busca evidenciar a questão de segurança que é de extrema importância para as empresas, para que não ocorram acidentes.


6.2 Descrição do Produto.

Nosso produto tem uma caçamba que é feita com placas e telas de aço, com rodas de aro 13, pneus anti derrapantes, uma placa de energia solar, duas baterias, um motor elétrico que atinge no máximo 20 km por hora, sistema de freios, banco de couro, volante com uma buzina, pintura fosca com antiferrugem, um painel lateral para propagandas e traseira com tampa removível para facilitar o descarregamento de materiais.


6.3 Mercado consumidor.

Quanto ao mercado consumidor, Kotler (2000) destaca que:

  • Iniciadores de compra: aqueles que iniciam o processo, tendo a ideia da compra e se informando sobre o produto.
  • Compradores típicos do produto: o público que frequentemente tem maior interesse pela aquisição de um produto.
  • Compradores eventuais: sobre determinadas circunstâncias culturais ou sazonais podem ter um grande interesse na compra de um produto.
  • Usuários de um produto: a fatia do público a quem se destina especificamente o uso de um determinado produto. No entanto, podem nem sempre ser o grupo comprador.
  • Influenciadores da compra: público cuja opinião tem uma influência importante sobre o comportamento dos compradores.
  • Decisores da compra: decide a marca do produto que será comprada embora não realizem sua compra. 

Partindo das ideias mencionadas, até o momento sabe-se que os indicadores de compras da Sustor serão prefeituras e cooperativas, sendo que os usuários dos produtos serão aqueles que têm preocupações com a coleta seletiva e de reutilização de materiais. 

Os clientes veem empresa como a fabricante de um produto sustentável que tem um apelo ecológico e social. 

Acreditam que os catadores coletarão mais materiais para a venda e terão menos desgastes físicos, com menos riscos de acidentes.


6.4 Concorrentes.

Concorrente A: Carrinho elétrico chamado Eco Recicla

Informações:
  • Atuação: São Bernardo do Campo.
  • Público-Alvo: Catadores de lixo.
  • Pontos fortes: preço, segurança e direitos trabalhistas.
  • Pontos fracos: Design.
  • Estratégias: Financiamento de cooperativas.

Concorrente B: Carrinho Elétrico Brasil

Informações:
  • Atuação: Belo Horizonte e Minas Gerais.
  • Público-Alvo: Cooperativas de catadores de lixo.
  • Pontos fortes: preço e comunicação.
  • Pontos fracos: É movido a baterias.
  • Estratégias: Financiamento de cooperativas.

Apesar dos concorrentes diretos e indiretos, há um mercado consumidor em franco desenvolvimento que a Sustor pretende atender.


6.5 Metas e objetivos da nossa empresa. 

Primeiramente, busca-se definir metas “realizações gerais desejadas, elas são importantes porque indicam a direção em que a empresa está tentando se mover e o conjunto de prioridades que usará na avaliação de alternativas e na tomada de decisões”. (CHIAVENATO, 2000, p.44) e objetivos que “são resultados futuros que se pretende atingir. 

São alvos escolhidos dentro de um determinado espaço de tempo, aplicando recursos disponíveis ou possíveis. Assim, os objetivos são pretensões futuras que, uma vez alcançadas, deixam de ser objetivos para se tornarem realidade” (CHIAVENATO, 2003). 

Partindo do exposto, o objeto do Sustor é levar o catador a ter melhores condições de trabalho. 

O objetivo específico evidencia a sustentabilidade, a limpeza do meio ambiente e agilização do trabalho. 

Além disso ser referência na fabricação de carros recicláveis e acessórios.

Para isso busca-se alcançar investimento, treinamento, pois nossas pretensões financeiras no mercado é garantir a qualidade do produto.


6.6 Protótipo. 

Nome do Produto: ECO

Produto é “o termo que designa o que satisfaz a necessidade e o desejo do cliente”. (KOTLER, 2000, p.04). 

Com base em estudos e pesquisas realizadas, o conceito produto divide-se em dois níveis.
Tratando-se de um produto sustentável, pretende-se diminuir os impactos ambientais que concorram de forma significativa para a melhoria de qualidade de vida dos coletores de recicláveis.





SLOGAN: Reciclagem ECO. Ecologicamente Correto.


Figura 1: Corpo do carrinho.

Figura 2: Carrinho com teto.

Figura 3: Motor.

Figura 4: Motor e roda.

Figura 5: Carcaça do triciclo.

Figura 6: Carrinho com teto e grades.

Figura 7: Carrinho pronto.


6.7 Preço.

Sobre o preço “uma economia de mercado é um valor para um pagamento de um produto ou serviço” (COBRA, Marcos, 1988 p.239 ). 

O preço não pode ser definido apenas pelos custos de produção e mão de obra. 

O que o define é o mercado. 

O preço de venda pode ser definido por quatro fatores: custo, metas, demanda ou concorrência. Sobre precificação, segundo Rossi (2007):

Precificação orientada por custos.

Uma vez que todas as informações de fabricação ou de fornecimento podem ser obtidas internamente, há condições de definir o custo do produto.

Normalmente utiliza-se o conceito de margem fixa, também conhecida com Mark-up, que pede a aplicação de um percentual constante (por exemplo, 30%) sobre o custo de produção.

Precificação orientada por metas.

Nesse caso, está sendo considerado o retorno que se deseja para cobrir o investimento realizado, ou para repor rapidamente o capital de giro, supondo a venda de determinado lote ou quantidade.

Precificação orientada pela demanda.

Sabemos que o preço pode influir na demanda, ou seja, nas quantidades vendidas, pois, normalmente, quanto mais elevarmos o preço de uma mercadoria, menor será a quantidade vendida.

Precificação orientada pela concorrência.

Isso ocorre toda vez que observamos o que a concorrência vem praticando e comparamos nosso produto com os disponíveis no mercado. 

Podemos então definir várias formas de posicionamento de preço (elevado, médio ou baixo), o que também varia de acordo com a necessidade de recuperação de caixa, retorno de investimento ou até mesmo de promoção.

Preço do nosso produto: R$ 3.500,00 por unidade.

Praça.

O terceiro P de Marketing, ou seja, a praça, refere-se à acessibilidade do seu produto aos consumidores, ou seja, pode referir-se ao canal de marketing que corresponde a um sistema de organização pelo qual as informações do produto passam de produtores a consumidores. 

Pode estar relacionada à distribuição física, que é a movimentação de produtos ou serviços, com local, quantidade e prazos determinados, e que é feita priorizando a manutenção e otimização de custos.

O Ponto de Vendas ou Praça pode ser entendido como a combinação de agentes pelos quais o produto flui, desde o vendedor inicial (geralmente o fabricante) até o consumidor final. 

Uma empresa pode, dependendo da logística planejada, utilizar-se do atacadista, do distribuidor, do varejista, do correio, de loja própria, ou de qualquer outro canal para distribuir seus produtos na praça.

Praça: A distribuição será em São Paulo e na Grande São Paulo em todos os pontos de prefeituras e cooperativas.

O penúltimo P analisado é a promoção.

Promoção (comunicação): O marketing moderno é muito mais do que apenas criar bons produtos e disponibilizá-los ao mercado consumidor, é indispensável neste processo a comunicação com os clientes (KOTLER e KELLER, 2006). 

Ainda de acordo com os autores, as principais ferramentas do Composto Promoção são: propaganda, promoção de vendas, venda pessoal e relações públicas.

O departamento de marketing da SUSTOR atualiza-se, diariamente, em relação ao mercado e com base há um site, onde nosso cliente tem total acesso dos andamentos de mercadoria e aos boletos gerados para eles, podendo fazer reclamações, pedidos de devolução, podendo ter atendimento on-line.

E por último o P de Pessoas.

Segundo Chiavenato (1999), a gestão de pessoas ”é contingencial e situacional, pois dependem de vários aspectos como a estrutura organizacional adotada, a cultura que existe em cada organização, as características do contexto ambiental, o negócio da empresa, os processos internos e outras variáveis importantes”.

Na nossa empresa realizamos uma administração de pessoas extremamente rígida com o controle de treinamentos mensais aos colaborados, reuniões e alinhamento dos processos internos, para que todos sempre estejam atualizados.


7. PLANO DE AÇÃO.

Nesta etapa tratamos do operacional de cada ação, implantada pela estratégia do plano em relação a atividades específicas: quem são os responsáveis, o período e os orçamentos para cada ação.

Ações.

Em nossa empresa temos os seguintes setores:

a) Administrativo: cuida de toda parte burocrática, sendo RH, Financeiro, Fechamento Fiscal, Fechamentos mensais, Lucros etc.

b) Logística: cuida da parte da entrada de mercadoria para a montagem do produto e saídas para acompanhamento e controle.

c) Marketing: responsável pela apresentação do produto, venda, levando ao nosso cliente quais as nossas pretensões.

d) Produção: montagem dos produtos e testes em geral para a avaliação.

e) Educação continuada: treinamento para a utilização do produto.


Período.

Definição dos períodos de cada setor:

a) Balancetes diários e mensais de departamentos que cuidam das documentações, dos colaboradores e de toda parte burocrática.

b) A responsável pela compra dos equipamentos controla diariamente para que não haja falta de produtos e para que a produção não fique parada.

c) Marketing, visitação a empresas para venda dos produtos, a meta por mês é a venda de no mínimo 50 coletas positivas..

d) Treinamento duas vezes por semana para utilizadores da coleta positiva.


8. CONCLUSÃO.

A empresa Sustor - com objetivos ambientais e sociais - pôs em prática o propósito de investigar a possibilidade de criar um produto inovador, levando em consideração a importância da sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. 

Para tanto, foi preciso muita pesquisa na área de administração de empresas e na área de estudos ambientais. 

A empresa Sustor e o produto ECO - triciclo acoplado a uma caçamba, movido à energia solar possuem grandes possibilidades de se materializarem pois, além de contribuir para a preservação ambiental, sem poluir a natureza, poderão dar condições dignas aos trabalhadores de coleta reciclável.


9. REFERÊNCIAS.

BERALDI, Renê. Marketing e Propaganda. Curitiba, 2004.

CHIAVENATO, Idalberto.Teoria Geral da Administração. São Paulo: Campus, 2001.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Estratégica. São Paulo: Saraiva , 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional. São Paulo: Campus, 2005.

CHIAVENATO, Idalberto. Cartas a um Jovem Administrador. São Paulo: Campus, 2007.

CUNDIFF, Still. Marketing Básico Fundamentos. São Paulo: Atlas, 1981.

CASAS, Las. Marketing de Varejo. São Paulo: Atlas, 2006.

COBRA, Marcos. Marketing Essencial: conceitos, estratégias e controle. São Paulo: Atlas, 1988.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

GOLDEMBERG, J. Energia, meio ambiente e desenvolvimento. São Paulo: EDUSP, 2008.

HITT, Michael. Administração Estratégica. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

MAXIMIANO, Antonio. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2006.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. São Paulo: Atlas, 2007.

PEREIRA, Adriana Camargo; SILVA, Gibson Zucca da; CARBONARI, Maria Elisa Ehrhardt. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011

KOTLER, Philip. Marketing. São Paulo: Atlas, 1996. 

KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Brasil, 2000. 

KOTLER, P; ARMSTRONG, G. Introdução ao Marketing. São Paulo: LTC, 2000. 

KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI. São Paulo: Futura, 2004. 

KOTLER, P; KETTER, K. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Brasil, 2005.

ROSSI, Armando Tadeu. Marketing sem Complicações. São Paulo: Senac, 2007.

SLACK N. et al. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1996.

Fontes digitais: