terça-feira, 31 de março de 2020

Editorial - Ano 1 - Volume 3.


FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 3, Série 31/03, 2020.


Neste terceiro número da Revista FAPEN ON-LINE, comunicamos que obtivemos, no dia 20 deste mês de março, o reconhecimento como Revista Acadêmica pelo Centro Brasileiro do ISSN.

O órgão pertence ao Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do governo federal do Brasil.

O ISSN 2675-2476, atribuído retroativamente para todos os textos publicados a partir de janeiro de 2020, formalizou o reconhecimento da publicação como revista de divulgação científica e acadêmica.

Possibilitando aos autores inserir sua produção no currículo lattes, na plataforma do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

O ISSN (International Standard Serial Number) é o Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas, usado para identificação internacional única de uma publicação em série.

É usado na ordenação, catalogação, empréstimo entre bibliotecas e outras práticas que permitem o reconhecimento de revistas cientificas e acadêmicas.

É o único identificador de padrão internacional, sendo definido pela norma técnica ISO 3297:2007.

Para ser atribuído no Brasil, exige padrão de qualidade verificado quanto ao rigor técnico e o atendimento de parâmetros fixados internacionalmente.


O próximo passo é a indexação da revista, garantindo o aval de pares e a possibilidade de divulgação dos textos, no qual estamos no momento trabalhando, embora esta etapa exija um tempo maior de existência da publicação.  


Destarte, novamente reforçamos o compromisso de divulgar projetos e pesquisas inovadoras desenvolvidos no Pentágono.

Agora com reconhecimento garantido pelo ISSN, a rica tradição de 60 anos na área de gestão e desenvolvimento tecnológico do Pentágono poderá ser conhecida pelo público interno e externo com aval internacional.

Professores e alunos da Faculdade e Ensino Médio, professores do Fundamental e Infantil estão convidados a divulgar os resultados de trabalhos na revista eletrônica on-line, que possuí estrutura dinâmica e pertence a toda comunidade acadêmica.

Aqueles que necessitarem de ajuda para estruturação de texto, podem procurar o editor ou integrantes do conselho editorial - listados na coluna ao lado direito.

O editor pode ser contatado através do e-mail da revista ou pessoalmente na instituição.
Os artigos, ensaios, resenhas de livros ou filmes, noticias e sugestões de pautas devem ser enviados ao editor através do e-mail:



Lembramos que a revista não possui fins lucrativos e tem periodicidade mensal.
Publica textos em 4 (quatro) segmentos:

  1. Tecnologias: Projetos de articulação e Inovação;
  2. Negócios/Empreendedorismo: Estratégias em Gestão Organizacional;
  3. Sustentabilidade: Higiene, Segurança, Ambiente e Responsabilidade Social;
  4. Educação e artes: divulgar a produção acadêmica sobre temas de interesse para a pesquisa em educação e artes.

Os textos encaminhados ao editor devem seguir as orientações contidas nas normas de publicação.

A qual pode ser acessada através do link:

Os textos encaminhados para submissão são examinados pelo Conselho Editorial e revisados.

A Revista conta com expediente formalizado na coluna ao lado direito da tela, um corpo técnico-administrativo formado pelos coordenadores de cursos da faculdade e pelo revisor e um conselho editorial composto por professores titulados da FAPEN e de outras universidades (visando garantir a isonomia cientifico-acadêmica).

Na mesma coluna ao lado direito, o leitor tem acesso ao Sumário de cada publicação (mês), link de acesso para as normas de publicação e e-mail de contato, formulário de contato, link que permite seguir a publicação através de perfil no Google (possível também através de e-mail cadastrado na revista), acesso ao currículo lattes dos membros do conselho editorial e do corpo técnico-administrativo (clicar na foto correspondente).

Os textos mais acessados e o índice de volumes publicados podem ser encontrados na coluna ao lado direito; no rodapé, consta índice de assuntos/ temas publicados e índice de autores dos textos.
Permitindo fácil localização do texto de interesse dos leitores.


Neste terceiro número, temos três artigos:


Artigos:

1. Avaliações na Educação a Distância - de autoria do Prof. Esp. Araken Patusca Linhares - docente da FAPEN - em conjunto com Prof. Ms. Gervasio das Neves Salvador.

2. A importância do estágio na formação docente e a sua contribuição para a construção da identidade do professor da educação infantil - de autoria do Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos, editor da Revista.

3. Extração de óleo de pequi visando à produção de uma linha de cosméticos - de autoria do Prof. Dr. Leonardo Teixeira Silveira em conjunto com seus alunos, continuando uma pesquisa desenvolvida e publicada anteriormente.


Ressaltamos que a Revista recebe propostas de colaboração, as quais serão analisadas pelo editor e conselho editorial.
Convidamos todos a seguir a publicação, clicando no link seguir na coluna ao lado direito, abaixo do formulário de contato.


Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
Editor de Publicações FAPEN.


quinta-feira, 26 de março de 2020

Avaliações na Educação a Distância.


FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 3, Série 26/03, 2020.

Prof. Ms. Gervasio das Neves Salvador.
   Engenheiro em Eletrônica - FEI.
    Mestre em Engenharia Elétrica - FEI.
    Especialista em Didática e Metodologia 
    do Ensino Superior - UNIA.
Prof. Esp. Araken Patusca Linhares.
Tecnólogo em Processos de Produção - UNIA.
Especialista em Produção Mecânica - UNIA.






RESUMO: Objetivamos refletir sobre os processos de avaliação na modalidade de ensino Educação a Distância, onde faremos uma relação sobre os resultados obtidos pela utilização da avaliação continuada. Teceremos comparativos entre as diversas possibilidades de avaliação, tanto na modalidade de ensino presencial, bem como na a distância. Apresentamos uma breve discussão sobre a necessidade da compreensão de como a educação utiliza-se da avaliação, dentro de distintos enfoques. Discutiremos a necessidade dos professores tutores reverem alguns aspectos da avaliação e da importância do feedback ao aluno sobre seu aprendizado, durante todo o processo ensino aprendizagem, e a característica de um bom instrumento de avaliação. A metodologia adotada no desenvolvimento desta pesquisa foi o lógico-sistemático, com base em doutrinas e fontes secundárias.

PALAVRAS-CHAVE: Avaliação EAD, Avaliação Continuada, Ensino a Distância.

ABSTRACT:  We aim to reflect on the evaluation processes in the Distance Education teaching modality, where we will make a list of the results obtained by using the continuous evaluation. We will make comparisons between the different possibilities of assessment, both in the classroom mode, as well as in distance learning. We present a brief discussion on the need to understand how education uses assessment, within different approaches. We will discuss the need for teacher tutors to review some aspects of assessment and the importance of feedback to students about their learning, throughout the teaching-learning process, and the characteristic of a good assessment tool. The methodology adopted in the development of this research was the logical-systematic, based on doctrines and secondary sources.

KEYWORDS: Distance Learning Assessment, Continuous Assessment, Distance Learning.


1. INTRODUÇÃO
O surgimento da modalidade de ensino Educação a Distância, fez com que fossem revistos os conceitos de educação.
O uso da tecnologia da informação proporciona uma grande possibilidade de otimizar horários, bem como, encontrar condições mais viáveis de estudo.
Sobretudo aqueles antes impossibilitados de se graduarem, pela dificuldade de locomoção ou falta de tempo.
Professores e alunos podem usufruir da educação a distância, via web ou satélite, onde a intermediação do processo ensino aprendizagem é mais interativa, valendo-se de ferramentas versáteis e modernas.
No entanto, existem grandes dificuldades para avaliar o educando neste tipo de modalidade de ensino.
Uma vez que a avaliação não pode ser parametrizada apenas através de trabalhos ou avaliações de um único tipo.
Para avaliar no ensino a distancia é necessária atenção ao desenvolvimento do aluno, principalmente, no que tange o acompanhamento do aprendizado dos conteúdos.

2. POSSIBILIDADES DE AVALIAÇÃO.
Para que se possa entender o processo de avaliação, especificamente, na modalidade de ensino a distância, torna-se necessário compreender como a educação utiliza instrumentos, dentro de enfoques distintos, senão vejamos:

A. Educação Tradicional: Verificações de curto e longo prazo, caráter punitivo e de reforço com promoção ou retenção em função de notas.
B. Tecnicista: Avaliação de comportamentos, que podem ser medidos e observados e em face de objetivos pré-estabelecidos.
C. Libertadora: A checagem direta da aprendizagem é desnecessária, a avaliação da prática vivenciada entre educador/educando e a auto-avaliação em termos de compromisso assumido com a prática social.
D. Progressista: A avaliação é realizada a qualquer momento, pois sua preocupação é diagnosticar falhas; observação do desempenho; valorização de outros instrumentos que não a "prova".

Ao integrar educação e tecnologias interativas, ocorreu o surgimento da Educação a Distância Mediada por Computador - EDMC (LOYOLLA e PRATES, 1998, p.1-13).
A qual possibilita atividades educacionais assíncronas, sem a exigência de presenças físicas e simultâneas de professor e alunos, transformando a sala de aula em um espaço "virtual".
Na modalidade EAD, é um desafio desenvolver metodologias para avaliação dos alunos, pois, precisam ser dinâmicas e interativas, mesmo embora tenha havido um avanço nesta modalidade.
As formas de avaliação inovadoras tem que se adaptar a este modelo e ainda hoje são quase inexistentes.
Alguns projetos EAD apresentam um aprendizado cooperativo, colaborativos e interativos entre grupos de alunos e em diferentes locais.
Os processos de avaliação deverão também contemplar este tipo de aprendizagem.
Os critérios básicos utilizados no processo de avaliação na modalidade presencial são bastante evidentes, tais como a reprodução do conteúdo ensinado em aula, participação, frequência, comportamento e apresentação.
Algumas vezes, busca-se avaliar também os critérios subjetivos (fracasso, êxito).
Na EAD, encontramos dificuldades para avaliar através dos aspectos citados, levando-nos a crer que a avaliação continuada passa a ocupar um papel de real importância no processo.
Dentro do campo educacional, a avaliação assume diferentes papéis.
A classificação é definida por Bloom e seus colaboradores, onde a avaliação pode ser formativa, somativa e diagnóstica.

Para alguns autores, é possível elaborar provas somativas e provas formativas utilizando o computador como instrumento na avaliação. As provas somativas ocorrem ao final da instrução e verificam o que o aluno aprendeu, apresentando uma pergunta após a outra. As provas formativas ocorrem durante o processo de instrução e visam a recuperação de falhas na aprendizagem. O aluno recebe o feedback indicando se a resposta é correta ou incorreta e são fornecidas informações adicionais sobre o assunto abordado pela questão.
É importante referenciar as diferenças estruturais entre testes formativos, somativos e diagnósticos. Um teste somativo, por exemplo, freqüentemente possui mais abrangência de conteúdo que um teste formativo – engloba, na maioria das vezes, os aspectos mais relevantes e mais gerais de várias unidades de ensino, enquanto que este último se atém ao conteúdo de uma unidade específica de ensino. Embora possa haver diferenças estruturais entre os testes formativos, somativos e diagnósticos, um mesmo teste pode servir às três funções da avaliação dependendo do uso que se pretenda fazer dos seus resultados.

O emprego do computador, na avaliação a distância, possibilita ao aluno um feedback imediato, flexibilização datas de realização das avaliações.
Também permitir ao aluno estabelecer um ritmo individual, e, em face à abordagem dos conteúdos em módulos  - com a apresentação consistente e a portabilidade -, tudo isso passa a ser considerado como vantagens.

3. COMO AVALIAR NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.
Ao avaliar, os professores tutores precisam rever alguns aspectos da avaliação, tais como: o uso autoritário, redimensionamento do uso, no que tange a forma quanto o conteúdo e mudança da visão perante os resultados da avaliação.
Boa parte dos professores tutores critica os modos de avaliação usados para checar o desempenho e avaliar os programas.
Avaliar os resultados significativos da aprendizagem permite um enfraquecimento do currículo, da instrução e das decisões sobre como trabalhar.
Uma vez que enfatiza a memorização de fatos, não permitindo muitas oportunidades para as práticas de habilidades de ordem mais alta do pensamento.

Desta forma surgem alguns questionamentos, senão vejamos:
• De que forma executar a avaliação das condutas de professores e alunos e os conteúdos propostos nas aulas na educação à distância?
• De que maneira verificar a interação entre alunos e ambientes de EAD, para implementar as metodologias de avaliação?

É claro que a avaliação precisa ser continuada, realizada durante o processo de aprendizagem, que é quando o professor observa o desenvolvimento dos conhecimentos.
No EAD, o aluno é centro do processo de ensino aprendizagem, assim, precisamos propiciar novas possibilidades de opção.
É necessário disponibilizar visões alternativas do mesmo problema e, ao mesmo tempo, materiais complementares que ajudem na formação.
O processo de avaliação precisa ser dinâmico e continuado, auxiliando a identificação habilidades dentro do processo de aprendizagem, objetivando um feedback.

Pensando no educando, acreditamos que entre as características de um bom instrumento de avaliação, precisa ser destacado:
Validade: afere generalidades apropriadas sobre as habilidades dos estudantes;
Consistência: Faz com que os professores definam claramente o que esperam da referida avaliação;
Coerência: Os objetivos educacionais e a realidade do aluno precisam ser conectados;
Abrangência: Todas as habilidades necessárias e conhecimentos devem estar incorporados ao conteúdo;
Clareza: Deve permitir o entendimento do que é esperado, desta forma, não o confundindo ou induzindo-o a respostas;
Equidade: deve ser igual para todos os estudantes.

Segundo Kátia Morosov Alonso (2002, p.1), os processos de avaliação continuada, nos auxilia a descobrir se a aprendizagem foi efetiva ou não:
Os processos de acompanhamento e avaliação são intrínsecos aos processos educacionais porque é através deles que poderemos levantar indicadores que nos venham "revelar" se a aprendizagem foi efetiva ou não. Isto implica se ter presente várias dimensões que compõem um fazer desta natureza.

4. CONCLUSÃO.
A interatividade entre os alunos e seus colegas, bem como com o professor, e, a troca de informações entre os grupos, é essencial para o processo de aprendizagem.
A busca da construção de conhecimentos por todos os envolvidos é ativa neste processo.
A presença ou a ausência de alguma informação não é um fator tão primordial no contexto da avaliação, mas, na verdade, o que importa é como o estudante se estrutura e se vale das informações para solucionar problemas complexos.
A aprendizagem e a adaptação na solução cotidiana de problemas é uma questão complexa.
As habilidades dos alunos não podem ser desenvolvidas isoladas e fora da pertinência da realidade do aluno.
A aprendizagem significativa é reflexiva, construtiva e auto-regulada; ou seja, as pessoas são construtoras de seus próprios conhecimentos.
Os processos de avaliação e construção do conhecimento educacional devem incorporar as inovações tecnológicas desenvolvidas ao longo dos tempos.
Hoje, quando se pensa em avaliação EAD, nota-se que um grande percurso ainda deve ser trilhado.
Existem a auto-avaliação e os testes adaptativos, entre outras, que podem melhorar o desempenho do aprendizado de alunos mais críticos e criativos e com mais autonomia.
É difícil saber com segurança como medir os resultados do progresso do educando, até mesmo porque o que obtemos são meras evidências de que ocorreram melhoras.
Portanto, os resultados das avaliações não são provas incontestáveis.
O uso de ferramentas como salas de chat, grupos de discussões, correio eletrônico e atividades propostas de fixação assíncronas; devem subsidiar o processo de avaliação EAD.
O objetivo da avaliação deve ser identificar os pontos fortes e fracos no aprendizado do aluno.

5. REFERÊNCIAS.
BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 1999.
LAASER, Wolfram. Manual de criação e elaboração de materiais para Educação a distância. Brasília: CEAD - Universidade de Brasília, 1997.
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA DE SOFTWARE - LES. Projeto AulaNet - Ajudando o Professor a Fazer seu Dever de Casa. Departamento de Informática PUC-RJ. 1998. Disponível em http://aulanet.les.inf.puc-rio.br/aulanet/ (acesso em 07/02/1999)
LOYOLLA, Waldomiro P.D.C.; PRATES, Maurício. Educação a distância Mediada por Computador (EDMC) - Uma Proposta Pedagógica. Disponível em http://www.puccamp.br/~prates/edmc.html (acesso em 01/03/1999).
OLIVEIRA, D. P. T. A prática do professor em avaliação: conservadorismo ou transformação. In: Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro: v. 20 (102/103): 39-42, set./dez. 1991.
SANDHOLTZ, J. H. et ali. Ensinando com tecnologia: criando salas de aula centradas nos alunos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
TAROUCO, Liane M. R. Comportamentalismo e o computador como máquina de ensinar. Disponível em http://penta2.ufrgs.br/edu/edu3375/e3375m.htm (acesso em 01/10/1998).
TAROUCO, Liane M. R. Ensino à Distância no WWW. Disponível em http://penta.ufrgs.br/edu/eduwww.html (acesso em 01/10/1998).
TUROFF, M. Designin a virtual classroom. In: International Conference on Computer Assisted Instruction ICCAI’95. Disponível em http://eies.njit.edu/ njIT/Department/CCCC/VC/Papers/Design.html (acesso em 15/09/1998).




terça-feira, 24 de março de 2020

A importância do estágio na formação docente e a sua contribuição para a construção da identidade do professor da educação infantil.



FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 3, Série 26/03, 2020.


Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos

Doutor em Ciências Humanas - USP.
MBA em Gestão de Pessoas - UNIA.
Bacharel em Filosofia - FFLCH/USP.
Licenciado em Filosofia - FE/USP.
Licenciado em História - CEUCLAR.


RESUMO: Em um momento marcado por mudanças na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), torna-se necessário discutir um elemento essencial para o sucesso da implantação de mudanças nos parâmetros norteadores do sistema educacional brasileiro, ou seja, a formação dos professores. Simultaneamente, esta formação interfere diretamente em como os educadores se enxergam ao atuar em sala de aula. Assim, pretendemos realizar uma breve reflexão sobre a importância do estágio na formação docente e na construção da identidade do professor, circunscrito à educação infantil.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Infantil, Estágio, Formação Docente, Identidade Docente.

ABSTRACT: At a time marked by changes in the BNCC (National Common Curricular Base), it is necessary to discuss an essential element for the successful implementation of changes in the parameters of the Brazilian educational system, that is, teacher training. At the same time, this training directly interferes with the way educators come to see and perform in the classroom. Thus, we intend to make a brief reflection on the importance of the internship in teacher education and in the construction of the teacher's identity, at this moment, circumscribed in early childhood education.
KEYWORDS: Child Education, Internship, Teacher Training, Teacher Identity.


1. INTRODUÇÃO.
Em qualquer área, o conhecimento teórico e a prática são indissociáveis para propiciar o exercício e a identidade profissional.
Neste sentido, a educação infantil, que atende crianças de zero a seis anos, exige do professor uma formação mais complexa do que o senso comum imagina.
A abordagem pedagógica é, inclusive, distinta para bebês (zero até um ano e seis meses), crianças bem pequenas (um ano e sete meses até três anos e onze meses) e crianças pequenas (quatro anos até cinco anos e onze meses).
O estágio insere-se como experiência formativa que completa e expande a aprendizagem teórica necessária para lidar com esta complexidade.
Permite vivenciar situações que desenvolvem competências e habilidades essenciais para condução da formação docente sólida e articulada com identidade e práticas educativas.
Construindo empiricamente saberes necessários para o exercício docente, entrelaçando teoria e prática, em via dupla e contínua, onde um segmento completa e torna-se dependente do outro.

2. A FORMAÇÃO DO IMAGINÁRIO EM TORNO DA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Quando o senso comum pensa na educação infantil, imagina uma situação totalmente diversa da realidade.
Soma-se uma infinidade de atitudes preconceituosas e pejorativas, tributárias de um longo processo de formação histórica das mentalidades.
O inicio da construção do sistema educacional brasileiro remonta ao período colonial, quando a profissão docente, em todos os níveis, era exclusivamente masculina.
Na Europa, a Companhia de Jesus havia sido fundada por Inácio de Loyola, em 1534, com o objetivo de evangelizar através da educação, sendo seus membros considerados soldados intelectuais de Cristo.
Em 1540, a Companhia foi instituída em Portugal, pouco depois os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil, fundando o primeiro colégio em 1551, declarando a intenção de recolher os filhos dos nativos e colonos para ensinar e doutrinar no âmbito do cristianismo.
Os jesuítas pensaram no que hoje chamamos de educação infantil apenas circunscrito à alfabetização, criando uma imagem mais relacionada ao cuidar, servindo ao propósito duplo da doutrinação religiosa, do que ao educar voltado à passagem da heteronomia para a autonomia.
Depois de atritos políticos e em busca de recursos econômicos para reconstruir Portugal, arrasado pelo grande terremoto de 1755, o Marquês de Pombal, primeiro ministro do rei D. José, expulsou os jesuítas da colônia e da metrópole em 1759, confiscando todos os bens da Companhia.
Os jesuítas eram os únicos professores com formação especifica voltada ao atendimento da educação no Brasil, havia outras ordens religiosas e preceptores leigos - todos homes -, mas a Companhia de Jesus, através de seus colégios e missões, atendia a ampla maioria da população.
Na Europa havia centros de formação exclusivamente voltados a preparar os jesuítas para o exercício do magistério, a contextualização teórica era, depois, complementada com a prática vivenciada nas instituições educacionais da Companhia.
Uma situação análoga ao que contemporaneamente chamamos de estágio era vivida pelos membros da ordem ao iniciar suas obrigações como docentes pregadores, quando eram guiados por membros mais velhos e experientes até que pudessem exercer sua função com autonomia e orientar os novatos.
Ao serem expulsos dos domínios lusitanos, os embrionários centros educacionais na colônia, os únicos a oferecer acesso gratuito, ficaram desprovidos de professores.
A solução da Coroa portuguesa foi ordenar que sargentos de milícia ocupassem as posições, uma vez que os oficiais consideram a função indigna de sua posição social.
A razão da escolha deste segmento como substituto dos jesuítas estava relacionada ao fato dos militares com patente - excetuando, portanto, soldados raros -, serem os únicos com conhecimento teórico minimamente suficiente para lecionar, embora não tivessem a formação pedagógica dos membros da Companhia de Jesus.
No entanto, também existiu outra razão, os jesuítas gozavam de respeito da população e inspiravam confiança nos pais das crianças entregues aos seus cuidados, precisavam ser substituídos por elementos a sua altura.
A Coroa pretendia que os sargentos pudessem se encaixar no perfil imaginado pelo senso comum envolta da infância: cuidadores que alfabetizam e disciplinam para formar bons cristãos.
Lembrando que a infância se estendia até os sete anos nesta época, terminando com ritos de passagem como o casamento, e que a adolescência não existia, nasceu somente no século XIX e se perpetuou no imaginário ao longo do século XX.
É óbvio que o respeito pelas instituições militares lusitanas não foi transferido aos sargentos transvestidos de professores, não tardou para que a educação se transformasse em cópia dos procedimentos adotados em quartéis para formar soldados.
A educação foi militarizada, ao invés de jogos e brincadeiras, pedagogia jesuíta, adquirida da cultura indígena, os sargentos passaram a utilizar a palmatória, abandonaram o cuidar e a alfabetização pelo simples disciplinar.
A violência física utilizada para submeter os escravos africanos foi transposta para educação, os sargentos não inspiraram a necessária confiança nos pais e em seus filhos, recorrendo à brutalidade para disciplinar.
Nasceu a imagem fixada até nossos dias de ensino tradicional, aplicada à educação infantil, com função disciplinadora, exercitada pela violência, que não goza da confiança da sociedade.

3. A TRANSFORMAÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE EM FEMININA.
Depois de um período de transição, quando o acesso à educação foi ampliado no final do período colonial, com a chegada ao Rio de Janeiro da família real portuguesa, a independência do Brasil trouxe novas mudanças.
O modelo educacional britânico foi oficialmente adotado, embora os professores da época não estivessem adequadamente preparados para implementá-lo.
A profissão docente foi se transformando em predominantemente feminina, o magistério passou a ser visto como uma extensão da maternidade, inspirando a confiança dos pais, originando a expressão tia para designar a professora.
Visando poupar custos, em 1849, o nível intelectual do professor do ensino regular normal foi rebaixado para a exigência da formação primária, antes, desde o inicio do século XIX, era necessário possuir ensino superior.
A reboque, os salários dos professores também sofreram redução significativa, algumas outras funções, como de inspetor, deixaram até mesmo de ser remuneradas, tornando-se voluntárias.
Estas condições forjaram no imaginário popular uma concepção de professora cuidadora, respeitada, mas não valorizada; com muitas docentes identificando a si mesmas como “tias”.
A escola passou a ser vista como dispensável em termos formativo, ao mesmo tempo, essencial como depósito de crianças, um local para deixar os filhos sob supervisão enquanto se trabalha e cuida da própria vida.

4. A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL.
A despeito da autoimagem docente de cuidadora do gênero feminino e da visão equivocada de escola como depósito de crianças desprovido de sentido pedagógico, na contemporaneidade a educação infantil assumiu uma importância social elevada e condizente com os objetivos propostos pela BNCC.
Ainda hoje está presente, mesmo entre professores, embora mais comum naqueles que atuam no ensino fundamental e médio; amplamente fortalecido no senso comum pela trajetória histórica da formação da mentalidade; uma falsa imagem de processos educacionais simplificados aplicados à infância.
A BNCC fixa como objetivos da aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se; mas o imaginário resume a complexidade pedagógica em torno destes objetivos como brincadeiras que ocupam o tempo das crianças.
A relação entre cuidar e educar é mais complexa, a educação infantil deve promover a aprendizagem e o desenvolvimento, implicando na interação entre práticas educativas para promover a integração das crianças com o mundo físico e social.
Onde a afetividade também deve estar presente, mas não isenta o professor do exercício de seu ofício guiando-se por uma prática eminentemente técnica, que carece de formação adequada, na qual se insere o estágio e o domínio do conhecimento teórico.
Neste contexto, a importância social da educação infantil se sobressai diante da tarefa do educador de servir como mediador no desenvolvimento de competências e habilidades.
O professor de creches e pré-escolas precisa valer-se da ludicidade para organizar ambientes e situações que possibilitem a exercitação da inteligência, construindo novos conhecimentos e valores a partir do capital cultural do educando.
O que novamente remete a formação docente, exigindo que o futuro professor coloque em prática a teoria, realize experimentações e reconstrua sua própria visão de mundo, valorizando a autoimagem de si e da profissão.

5. A DIALÉTICA ENTRE TEORIA E PRÁTICA.
A experimentação propiciada pelo estágio é uma oportunidade de intervenção real junto ao educando, onde a reflexão é fomentada.
Portanto, reconduz a discussão teórica, a qual, por sua vez, anteriormente já requeria do acadêmico o contato direto com a prática; compondo um movimento circular contínuo entre saber teórico e vivência da prática na educação infantil.
Ressalta Freitas e Montandon (2013, p.04) que “na constituição profissional do educador, toda pesquisa contribui para constantes melhorias e para a revisão da prática pedagógica, assim como possibilita a abertura de novos caminhos e entendimentos sobre o contexto de exercício da profissão”.
O estágio constitui uma pesquisa de campo, onde se articula o saber teórico, que é reconfigurado em novas informações e dados; ressignificando a teoria, que exige novamente empiricidade, remetendo a prática e circularidade unívoca entre saber teórico e exercitação lúdica.
O estágio é o fio condutor para articulação da identidade do professor, contribuindo não só para a formação docente, mas, também, para o inicio da adoção de uma postura contínua de pesquisa e reflexão sobre a vivência da prática.
A observação do educando possibilita a coleta de dados e a implementação de novas abordagens pedagógicas, advindas de discussões teóricas inerentes à academia e/ou que surgem da prática para teoria e da teoria para prática, construídas coletivamente com auxilio de educandos e educadores e fruto do debate entre pares nas universidades.  

6. CONCLUSÃO.
O estágio é essencial na formação do educador e no autoconhecimento sobre sua identidade, sua importância não se resume a complementação da teoria transformada em prática.
 Na educação infantil, não serve apenas a observação da criança de zero a seis anos ou ao entendimento do cuidar.
Mais do que profissionalizar, o estágio expande a teoria para o processo contínuo de pesquisa e reconstrução do conhecimento, agregando novos saberes que subsidiam competências e habilidades e, igualmente, estimulando uma postura criativa de práticas pedagógicas particularizadas.
A despeito de linhas pedagógicas de orientação comuns, cada educador, por meio do estágio, constrói sua própria forma de lidar com a infância, reconhecendo-se como professor que intervém na realidade da criança, atendendo a demanda do educando, adaptando a teoria a cada necessidade especifica.
Reescrevendo o planejamento e expectativas acadêmicas de resposta da criança aos estímulos, efetivando o processo educativo com a ampliação do conhecimento.
O estágio é também, simultaneamente, um importante elemento de construção da identidade do professor da educação infantil, introduzindo na essência da docência: um contínuo entrelaçamento entre teoria e prática e uma constante e perpétua reflexão e pesquisa, que rescreve saberes pedagógicos em um movimento dialético, adequando-se às necessidades do educando e do educador.

4. REFERÊNCIAS.
ALBUQUERQUE, S. S.; FELIPE, J.; CORSO, L. V. Para pensar a docência na educação infantil. Porto Alegre: Evangraf, 2019.
ANDRADE, Lucimary Bernabé Pedrosa. Prática Docente na Educação Infantil. São Paulo: UnicSul, s.d.
BOURDIEU, Pierre. Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental.
Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF/COEDI, 1998. v. 1. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>. Acesso em: 03 abr.2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC/SEB,2010. Disponível em: <https://ndi.ufsc.br/files/2012/02/Diretrizes-Curriculares-para-a-E-I.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2020.
BRASIL. Práticas Cotidianas na Educação Infantil – Bases para a reflexão sobre as orientações curriculares. Brasília: MEC, SEB, DICEI, Faculdade de Educação Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relat_seb_praticas_cotidianas.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2020.
FREITAS, Adriana; MONTANDON, Ana Carolina de Lima Boaventura. As especificidades da docência na Educação Infantil: o estágio como possibilidade de refleão-ação. REDIVI - Revista de Divulgação Interdisciplinar do Núcleo das Licenciaturas. 2013-1. Itajaí: UNIVALI, 2013. Disponível em: <http://bit.ly/3bCQ5dD>. Acesso em: 03 abr. 2020.
RAMOS, Fábio Pestana. “A constituição afetiva da infância e da família no período colonial: o nascimento da profissão docente no Brasil” In: Profissão Docente e Cultura Escolar. São Paulo: Intersubjetiva, 2004, p.13-40.
RAMOS, Fábio Pestana; MORAIS, Marcos Vinicius de. Eles formaram o Brasil. São Paulo: Contexto, 2010.





sexta-feira, 20 de março de 2020

Extração de óleo de pequi visando à produção de uma linha de cosméticos.


FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 3, Série 20/03, 2020.

Prof. Dr. Leonardo Teixeira Silveira.

Pós-Doutorado em Ciências Exatas e da Terra - USP/UNIFESP.
Doutor e Mestre em Química - USP.
Graduado em Ciências Químicas - FASB.

Orientador e líder do projeto.


AUTORES: QUEIROZ, D.; AUGUSTO, L.; SILVA, R.; ALONSO, L.; MELLO, N.; LIMA, .L; ANDRADO, S.; MENDES. W.; SILVEIRA, L.T.



RESUMO: O pequi é um fruto típico do cerrado Brasileiro, sendo uma das delicias do centro-oeste. É uma fruta símbolo da cultura de vários estados como Goiás, Tocantins, Mato Grosso e também na culinária de Minas Gerais. O nome pequi vem do tupi e significa pele espinhenta, para comê-lo é preciso ter cuidado por ter vários espinhos dentro da fruta. É um excelente ingrediente na culinária, mas nem todos o apreciam, seja pelo sabor, seja pelo aroma marcante. Muitas pessoas não tem o conhecimento dos benefícios que ele pode trazer como ser rico em vitamina A, C, E e carotenoides, tem ação anti-inflamatória, entre outros. O óleo de pequi é também muito importante para algumas funções do organismo como a prevenção de ataques cardíacos, aceleração do processo de cicatrização de feridas, diminuição dos níveis elevados do colesterol no sangue, combate cabelos danificados, quebradiços e ásperos. Dentre outros benefícios. Este trabalho tem o objetivo de extrair o óleo do pequi para a produção de uma linha de cosméticos utilizando o método de maceração e aproveitando suas propriedades, assim obtendo a essência final da fruta.

PALAVRAS-CHAVE: Pequi, Óleo, Benefícios do óleo do pequi, Cicatrização.

ABSTRACT: The pequi is a typical fruit of the Brazilian cerrado, being one of the delights of the center-west. It is a fruit symbol of the culture of several states like Goiás, Tocantins, Mato Grosso and also in the Minas Gerais cuisine. The name pequi comes from the tupi and means `skin prickly ', to eat it you have to be careful to have several thorns inside the fruit. It is an excellent ingredient in cooking, but not everyone appreciates it, either by the flavor or by the striking aroma. Many people do not have the knowledge of the benefits it can bring such as being rich in vitamin C, E and carotenoids, has anti-inflammatory action among others. Pequi oil is also very important for some body functions such as preventing heart attacks, accelerating the healing process of wounds, lowering high blood cholesterol levels, fighting damaged, brittle and rough hair. Among other benefits. This work aims to extract the pequi oil for the production of a line of cosmetics using the method of maceration and taking advantage of its properties, thus obtaining the final essence of the fruit.
KEYWORDS: Pequi, Oil, Benefits, Healing.




1. INTRODUÇÃO.

O Pequizeiro, onde seu nome científico é Caryocar brasiliense, é uma árvore de médio porte, típica do Cerrado Brasileiro, sendo encontrado em toda a região centro-oeste, mas a árvore ocorre na Amazônia e no Pará e em alguns estados do Nordeste como Ceará, Piauí e Pernambuco em Minas Gerais e São Paulo. 

Seu fruto é chamado de pequi ou piqui. 

As suas folhas são reconhecidas através do final do seu ramo, pois são grandes e com pequenos pelos nos dois lados da folha e suas bordas são recortadas.

Este atinge de 7 a 12 metros de altura, os troncos são curvos e podem crescer para os lados e próximos ao chão. 

O tamanho de cada pequizeiro varia conforme as regiões, pois em locais de vegetações mais fechadas podem amadurecer bastante. 

Na região sul de Minas Gerais é formada moitas ou pequenas árvores até 1,5 metros de altura.

O pequi vem do tupi e significa pele espinhenta devida a quantidade de espinhos dentro da fruta. 

Esta apresenta a função de neutralizar radicais livres, assim organizando um método nutracêutico com capacidade antioxidante natural. 

É considerado de um interesse maior no ramo da economia, por conta do uso de seu fruto na culinária (onde é rico em vitaminas A,E,C e grande fonte nutricional), extração de óleos para fabricação de cosméticos e suas propriedades terapêuticas. 

Sua amêndoa pode ser consumida na alimentação humana ou animal, fabricação de licores e xaropes medicinais. 

Esta fica dentro do caroço espinhoso, da qual se pode extrair óleo. 

O óleo extraído possui cor clara com cheiro suave, é considerado um produto excelente para indústria de cosméticos, com boas propriedades para hidratação e embelezamento da pele.

Desta fruta se retira a polpa (possui vitamina A, carotenoides) que é consumida pela população, por ser calórica apresenta um potencial fortificante, pois estimula o apetite atuando como fonte nutricional de vitaminas e lipídeos. 

Combate a infecções do sistema respiratório e tratar problemas oftalmológicos relacionados a deficiência de vitamina A, comprovado pelo seu alto teor de carotenoides, pois são substâncias altamente insaturadas e aptas a isomerização e a oxidação. 

Agem também como protetores de óleos e gorduras, pois se oxidam preferencialmente. 

Tem propriedade de prevenção de alguns tipos de câncer, úlceras gástricas e dentre outras infecções.

O óleo do pequi é de cor amarelo-alaranjado (devido a presença de carotenoides), é utilizado na indústria cosmética para a fabricação de cremes para a pele e sabonetes, devido ao seu delicado aroma e suas propriedades químicas foi verificado que a temperatura do ponto de fusão do óleo do pequi é igual a do corpo humano (37°C), por isso é recomendado no preparo de cosméticos. (Araújo, 1994; Marques, 2001).

Em sua composição predomina os ácidos graxos (ácido oleico, ácido palmítico e ácido linoleico).


2. REAGENTES UTILIZADOS.

Creme Hidratante: Béquer, bagueta de virdro, pipeta de pasteur, balança analítica, óleo extraído do pequi e base concentrada.

Creme Hidratante Toque de Seda: Béquer, bagueta de vidro, pipeta de pasteur, balança analítica, óleo extraído do pequi, base concentrada e vaselina.

Pomada cicatrizante: Béquer, bagueta de vidro, pipeta de pasteur, balança analítica, óleo extraído do pequi, e pomada base.

Shampoo anti frizz: Béquer, bagueta de vidro, proveta, pipeta de pasteur, lauril sulfato éter, água destilada, e óleo extraído do pequi.


3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.

Extração do óleo de pequi: O fruto foi colocado em um recipiente imerso com água e foi levado ao aquecimento por 40 minutos para o cozimento. 

Com o fruto cozido foi realizado o processo de maceração manual.

Após a maceração, o liquido expelido foi colocado em um funil de decantação por 24 horas para a coagulação da gordura. 

Em seguida, foi feito um processo de centrifugação para a separação da gordura e obtenção do óleo vegetal.

Creme hidratante: Foram pesados em balança analítica 69g de óleo de pequi e 66,9g de base concentrada, ambos contidos em béqueres. Com o auxilio da pipeta de pasteur foram adicionados 2mL de óleo de pequi na base, misturando-se com uma bagueta de vidro de forma constante para a homogeneização completa.

Creme hidratante toque de seda: Para este procedimento foram realizados os mesmos processos utilizados para o creme hidratante, acrescentando-se 2g de vaselina sólida contida em um béquer, pesada em balança analítica.  

Pomada cicatrizante: Em uma balança analítica pesou-se 32g de pomada base, contida em um béquer. Após a pesagem, com o auxilio de uma pipeta de pasteur foi adicionado 1mL de óleo de pequi na pomada, misturando-se de forma constante com bagueta de vidro para homogeneização completa.

Shampoo anti-frizz: Em um béquer colocou-se 30% de Lauril Sulfato éter, 67% de água destilada e 3% de óleo de pequi. Fez a mistura obtendo uma coloração amarelo escuro.


4. RESULTADOS OBTIDOS.

Creme Hidratante: A mistura obtida para o creme hidratante obteve coloração amarelo claro, textura suave e consistente com poder de hidratação, e odor característico do pequi.

Creme Hidratante Toque de Seda: A mistura obtida para o creme hidratante toque de seda obteve coloração amarelo claro, textura aveludada com alto poder de hidratação e odor característico do pequi.
Pomada cicatrizante: A mistura obtida para a pomada cicatrizante obteve coloração amarelo escuro, textura adiposa e alto poder de cicatrização para pequenos cortes e feridas, com odor característico do pequi.

Shampoo anti frizz: A mistura obtida para o shampoo anti-frizz obteve coloração amarelo escuro, e consistência viscosa e odor característico do pequi.


5. CONCLUSÃO.

Conclui-se com êxito experimentos satisfatórios realizados em laboratório para produção de cosméticos como o creme hidratante com e sem vaselina, pomada cicatrizante, e shampoo anti-frizz. 

Todos com o odor característico do pequi, um fruto que oferece muitos benefícios para cabelos danificados e peles ressecadas.


6. AGRADECIMENTOS.

Agradecemos o apoio do Orientador Dr. Leonardo Teixeira Silveira no qual nos direcionou todas as ações, nos dando todo embasamento para concluirmos este trabalho. 

Agradecemos também a instituição Faculdade Pentágono - Fapen por ter cedido os materiais e o laboratório para a realização deste projeto.


7. REFERÊNCIAS.

AQUINO, P, L., Extração do óleo da polpa de pequi, 2019, livros01.livrosgratis.com.br/cp074202.pdf

NOGUEIRA, T., Extração e caracterização de óleo do pequi, 2019, tede2.pucgoias.edu.br:8080/.../tede/.../TATIANA%20NOGUEIRA%20DE%20DEUS.pd 

NASCIMENTO, M, L., Óleo do pequi, 2019, bdm.unb.br/bitstream/10483/21240/1/2018_LizieMartinsDoNascimento_tcc.pdf

Página da internet visitada no dia 21 de maio de 2019 relacionado a benefícios do óleo do pequi. https://www.dicasdemulher.com.br/oleo-de-pequi/

Página da internet visitada no dia 21 de maio de 2019 relacionado a fatos sobrepequi.https://www.buzzfeed.com/br/raphaelevangelista/fatos-sobre-pequi-que-voce-nunca-perguntou-mas-iremos-te

Página da internet visitada no dia 21 de maio de 2019 relacionado a benefícios do óleo do pequi dicas e finalidade. https://www.mundoboaforma.com.br/11-beneficios-do-oleo-de-pequi-para-que-serve-e-dicas/