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segunda-feira, 25 de maio de 2020

O ensino e a pandemia: adaptação da prática docente pelos professores de matemática, química e física.


FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 5, Série 25/05, 2020.



Profa. Janaina Barboza Ramos.

Professora no Colégio Pentágono.


RESUMO: Este artigo tem como objetivo analisar a pesquisa feita com professores das áreas de matemática, química e física sobre as ações para adaptação da prática do ensino, que devido ao momento da Pandemia do CONVID-19, tornou necessárias novas maneiras de ensinar inseridas no ambiente virtual. Tendo como referência o ensino fundamental e médio, onde o ambiente virtual não era totalmente conhecido.

PALAVRAS-CHAVE: Professores; Ensino; Exatas.

 

ABSTRACT: This article aims to analyze the research carried out with teachers in the areas of mathematics, chemistry and physics on actions to adapt to teaching practice, which due to the moment of the CONVID-19 Pandemic, new ways became necessary, and such as the virtual environment. And still being a reference for elementary and high school, where the virtual environment was not fully known.

KEYWORDS: Teachers, Teaching, Exact.

 

1. INTRODUÇÃO. 

No início do ano 2020, as notícias já corriam pelo mundo sobre a pandemia, ocorrida devido a um vírus com a sigla de CONVID-19, chamado corona vírus, iniciado no ano anterior no continente asiático, especificamente na China.

O surto iniciava uma pandemia, conforme o dicionário Michaelis: “doença epidêmica de ampla disseminação”.

Pelas informações e notícias que corriam sobre o perigo do vírus e as consequências do mesmo: “o surto do coronavírus começou em dezembro de 2019, em Wuhan, a capital da província de Hubei, onde se concentram as mortes causadas pelo coronavírus.Hoje, há 60 milhões de pessoas isoladas do resto do mundo na região” (https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/02/16/xi-jinping-lider-da-china-sabia-da-gravidade-do-coronavirus-desde-janeiro-mas-nao-fez-alerta.ghtml) acesso em 20 de abril de 2020).

No inicio, a preocupação no Brasil era quase nula, pois até o mês de fevereiro não havia registro de contaminados, tudo estava normal, existiam apenas notícias que vinham de outros países, alias, outros continentes.

Em março surgiu o primeiro caso confirmado em pessoas que vinham fora do Brasil, estavam a trabalho ou passeio.

Em seguida, as primeiras informações eram que o risco da contaminação ocorria onde havia aglomerações, foi quando os governantes, já conhecendo o que ocorria pelas notícias de outros países, partiram para tentativas iniciais de controle do surto, interrompendo, em alguns Estados, o fluxo de pessoas em locais de aglomeração: comércio, centros educacionais e religiosos.

Trataremos aqui justamente dos impactos na educação. Quando surgiu a preocupação em como adaptar o ensino, em pleno andamento do primeiro bimestre, em escolas de nível fundamental e médio. 

Um momento em que foi preciso lidar também com pais e alunos com dúvidas e insegurança; atendendo, no Estado de São Paulo, as determinações com força de lei colocada pelas autoridades locais.

No âmbito acadêmico, este estudo pretende contribuir para o entendimento do desafio do ensino em tempos de pandemia para os professores de matemática, química e física.

Em exatas, por envolver cálculos, os professores precisaram construir estratégias para trabalhar como facilitadores, um grande problema em se tratando da educação voltada para crianças e adolescentes.

Em função disso, este estudo tem por objetivo identificar como foi a adaptação dos professores de matemática, química e física perante o atual momento.

Quadro 1 apresenta a relação entre questões a serem respondidas na pesquisa e os objetivos específicos.

 

 


2. REVISÃO DA LITERATURA.

 

2.1 O sentido do ensinar e aprender.

A questão do ensinar e aprender, em um momento de pandemia, constitui um processo centrado no professor, pois este precisou reaprender a ensinar, ou de maneira popular “se virar”.  

Um grande problema para matemática, química e física; visto que o conteúdo formado por cálculos, onde o professor procura demonstrar de forma clara e dissertativa, aos alunos, como desenvolver o módulo demonstrado.

No ensino presencial, existe um apoio do professor ao educando, sendo essencial a interação presencial; a mudança da situação, com a pandemia, inverteu esta lógica, fazendo surgir mais um problema: a integração com a tecnologia.

A questão é que, retomando o que se dizia no passado, citando Paulo Freire, “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”; a situação passou a exigir “criar as possibilidades para (...) produção” do conhecimento (1996, p.26).

Surgiu a obrigatoriedade de criar uma nova visão do ensinar e aprender, buscando desenvolver possibilidade para facilitação da aprendizagem.

As  transformações tecnológicas acumuladas nas duas últimas décadas, ignoradas pela realidade educacional brasileira, precisaram se assimiladas em poucos dias.

A pandemia paralisou tudo, mas não a educação. Fomentou a necessidade de uma nova visão do ensinar e aprender, forçando mudanças.

O momento não é único, o tempo vai transformando as ideias, os estudos, a visão do homem; mas a pandemia acelerou a mudança de paradigma.

Furtado dos Santos, em 2008, já citava a necessidade de mudança dos paradigmas na educação para implementar um novo ensinar e aprender.

Descrever o mundo, seus fenômenos e processos, caracterizar os métodos e estratégias de intervenção, sempre foi o principal papel da escola.

Tudo sempre esteve bem “arrumadinho”: professor ensina algo inquestionável, aluno aprende e reproduz exatamente com aprendeu e todos são felizes para sempre, como nos contos de fadas.

Mas esse conto continua e, depois do “final feliz”, tem início um período sombrio, recheado de incertezas, de novos paradigmas e impulsionado pela mudança cada vez mais frequente. (SANTOS, 2008, p.63)

Seguindo ainda esta reflexão, quando o autor mencionava um “um período sombrio, recheado de incertezas” parecia prever o momento de pandemia.

Obviamente, a sua preocupação era com a modernização da educação, no sentido de aguçar as crianças e adolescentes para o estudo, pensada em termos gradual, não de um dia para o outro. 

Certamente não foi pensada ou prevista em meio ao desenvolvimento do calendário escolar de 2020, sem prévio planejamento.

A pandemia forçou a necessidade de mudança de como o professor  ensinava e aprendia, ampliando o horizonte antes estacionado, conduzindo até a centralização no papel desempenhado pelos docentes. Uma vez que:  

 

“se espera muito dos professores, que se lhes irá exigir muito, pois depende deles, em grande parte, o a concretização dessa aspiração (desenvolvimento dos indivíduos e das sociedades). A contribuição dos professores é crucial para preparar os jovens, não só para encarar o futuro com confiança, mas para construí-lo eles mesmos de maneira determinada e responsável.” (DELORS, 2000, p.152)

 

Diante da importância dos professores no processo educativo, não adianta simplesmente mudar leis para forçar sua adequação aos novos tempos. 


2.2 Educar à distância.

Nas últimas décadas, já era muito comum o ensino à distância, popularmente chamado EAD, mas estava, antes da pandemia, apenas no ensino superior e alguns outros poucos nichos.

A pandemia deslocou e generalizou o uso das novas tecnologias para o ensino fundamental e médio, onde existia uma certa tentativa de introdução ao EAD, principalmente como meio de comunicação, nas escolas particulares, entre gestores e seus professores com os pais e alunos; utilizando aplicativos, sites, e-mails, etc.

No segmento de humanas e linguagens, a relação impessoal, mediada por tecnologias, já estava consolidada, mas entre os professores de exatas era praticamente desconhecida.

Os docentes desta área precisaram, primeiro, entender o que é o ensino à distância. Segundo Niskier:

 

“...educação a distância é a aprendizagem planejada que geralmente ocorre num local diferente do ensino e, por causa disso, requer técnicas especiais de desenho de curso, técnicas especiais de instrução, métodos especiais de comunicação através da eletrônica e outras tecnologias, bem como arranjos essenciais organizacionais e administrativos.” (1999, p.50)

 

Depois, foi necessário se apropriar de “técnicas especiais", providenciar uma mudança de paradigma em tempo extremamente curto.

Em exatas, tornou-se evidente a necessidade de técnicas especiais, surgiu a questão de como atrais e ajudar o aluno a entender a importância do cálculo, apresentado por uma tela. 

O professor ficou sozinho, sem sua turma, em frente a uma tela de computador dentro de sua casa; aluno também ficou sozinho do outro lado dessa tela, ambos foram pegos de surpresa. 

O que, inicialmente ampliou os velhos problemas existentes na educação brasileira e criou outros, enquanto algumas escolas particulares e a maioria das públicas optaram por antecipar férias; outras prosseguiram com a educação remota, com aulas on-line, tentando reproduzir o ambiente como se estivesse na escola.

O que foi referendo e respaldado pelas diretrizes legislativas do país e do governo do Estado de São Paulo. 

O Decreto nº 2.494 da Presidência da República, regulamenta o artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), cita logo no inicio que:

 

“Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação." (BRASIL, 1998)

 

Em sentido amplo e dentro destas diretrizes legislativas, deve-se ressaltar, novamente, que a educação não é algo recente, já existia, até mesmo no ensino fundamental, pois lições complementares, em algumas escolas, utilizavam sistemas e aplicativos para aplicação. 

No entanto, o ensino online até então não existia na educação básica, a tecnologia de comunicação era usada somente no reforço ao abordado no presencial, em geral, como lição de casa..

A pandemia transformou o que era complemento em centro do processo educacional, em um primeiro momento, os professores entraram em uma situação de surpresa, inseridos em um momento de preparação para lidar com a tecnologia.

O impacto maior foi o desconhecido, do dia para a noite foi necessário se apropriar de recursos que eram secundários ou não utilizados; ou ainda melhor de um dia para o outro, mudar a rotina, lembrar que agora era um professor presente à distância, sem recursos conhecidos, mas com uma rotina e conteúdos a serem abordados obrigatoriamente.

Conforme Belloni:

 

“A educação é e sempre foi um processo complexo que utiliza a medida de algum tipo de meio de comunicação como complemento ou apoio à ação do professor em sua interação pessoal e direta com os estudantes”. (1999. p.54)

 

Por isso, a ação do professor sempre foi o grande desafio, requerendo a utilização de recursos de comunicação diversos, mas, no Brasil, geralmente, não ultrapassado a zona de conforto do conhecido como tradicional.

Analisando um estudo de caso, com dados levantados junto a professores de uma escola particular da região metropolitana da cidade de São Paulo; pudemos notar que os professores se adaptaram de forma rápida para providenciar saídas para o “novo” momento causado pela pandemia.


3. METODOLOGIA DA PESQUISA.

A metodologia aplicada para esta pesquisa é de natureza qualitativa/exploratória, realizada através da coleta de dados com base em entrevistas.

Diante da pandemia, as entrevistas usaram recursos da distância, no caso o Google Forms (através de formulário), onde ficou registrado os dados qualitativos.

Focou-se em saber como os professores conseguiram se adaptar a urgência do ensino online, no momento da suspensão das aulas presenciais.

As questões foram formuladas de forma individuais, semiestruturadas, registradas nos Google Forms com a amostra de 3 professores das devidas matérias citadas: matemática, física e química.

Seguindo Bardin, “o material verbal obtido a partir de questões abertas é muito mais rico em informações do que as respostas a questões fechadas ou pré-codificadas” (2011, p.180). 

As questões foram aplicadas considerando um script de quatro perguntas, estruturadas de forma a otimizar a análise de conteúdo, e foram conduzidas individualmente.

O método de análise dos dados coletados, através das questões, foi o de análise de conteúdo.

 

Questionário foi elaborado a partir dos constructos:

1 – Como o professor se encontrou nesse momento?

2 – Quais as dificuldades encontradas?

3 – A posição dos alunos perante a situação?


4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.

Este tópico demonstrará as questões apresentadas e respondidas pelos 3 entrevistados, relacionando-os ao referencial teórico e às possíveis inferências que causou a situação do COVID-19.

Segue, a discussão dos resultados conforme os objetivos específicos abaixo no Quadro 2:

 

Os professores gentilmente colocaram-se à disposição e responderam as questões, mesmo diante de tantas surpresas e desafios para enfrentar a situação e superar o que estava ocorrendo. Cada um de uma das áreas sugeridas como a reflexão do artigo.

Em primeiro momento, o importante da visão dos entrevistados foi a confiança do desafio, não mediram esforços e entenderam que tudo seria possível resolver, claro, sendo de uma unidade particular, que também tem integração de faculdade, tiveram suportes como o da área de TI e sistemas já disponíveis de uso. E se colocaram à disposição sem medir esforços!

A professora de Física, perante a situação, no primeiro momento: “Primeiramente uma vasta pesquisa sobre ferramentas disponíveis que pudessem me auxiliar, buscas em sites, conversas com amigos de TI (...).

No segundo momento verificar se estes recursos que são muitos e fascinam pelo sinal eu poderia instalar no equipamento que tenho disponível. E aí vem a tristeza, não consegui instalar tudo o que me apaixonei.

Procurei então utilizar os aqueles que no momento conseguia trabalhar. Logicamente nada substitui as aulas presenciais, mas confesso que sou grande admiradora deste tipo de recurso.”

O professor de Química partiu também para bases que já oferecia a escola: “Utilização de plataformas, realização de vídeo aulas, slides, seminários e discussões online com compartilhamento de telas.”

A entrevistada, professora de Física, demonstra claramente que atualmente temos recursos para suprir situações como essa, mesmo não sendo esperada, e não constar na programação, porém buscando soluções é possível resolver os desafios. Como também o professor de Química que aproveitou a plataforma que a própria escola já o oferecia, até que aprimorasse novas soluções.

Os professores entrevistados também entenderam que a adaptação dos alunos, do ensino fundamental II e Ensino Médio, em primeiro momento foram difíceis, com acertos e aceite das crianças e adolescentes perante uma coisa tão diferente da rotina de vida deles.

Participar de uma sala de aula “online” com a distância do professor e amigos de sala, em casa, com tantas notícias, os deixaram como um primeiro susto, porém pelo informado eles estão se adaptando.

O professor de matemática foi claro: “Os alunos apresentaram um certo grau de dificuldade no começo, porém se adaptaram bem ao novo método”

A professora de física expressou sobre as dificuldades: “Muito complicado, principalmente pelo momento que estamos passando.

Nas primeiras semanas muitos ajustes. Agora nos parece até que está fluindo melhor. Mas foi imposto, eles não estão preparados em todos os sentidos.”

Porém também encontrada as dificuldades para o ensinar a distância, não tendo a experiência, e a rotina desse fato.

O primeiro momento também foi de dificuldade para os professores, as divergências do momento, e como a adaptação de cada um, reforçando nessa a opinião dos 3 entrevistados, matemática, química e física que tanto necessitam de espaço físico, como uma lousa que seja, para expor as ideias e a troca de informação com os alunos.

O professor de matemática expôs a dificuldade conforme declarado: “Problemas com a conexão e no começo uma interação maior com os alunos.”

O professor de química ressaltando a falta do contato: “A falta do contato, das discussões e interação com os alunos. O compartilhamento de ideias e a falta da vivência em âmbito social dificuldade o processo de aprendizagem como um todo.”

E a professora de física a urgência do tempo: “Para este momento a falta de um planejamento prévio. Está sendo tudo preparado na véspera e muitas vezes no contra turno”.

Conforme ressaltado no início do artigo, o interesse para a pesquisa focada em professores de química, física e matemática, são principalmente a base principal das 3 matérias, cálculos, e como muitos demonstram as dificuldades, então a preocupação e o interesse em entender como conviveram nesse momento para conseguir auxiliar os alunos e demonstrarem algum modo de trazer os alunos ao entendimento.

Como tratando-se do além de sala de aula, laboratório, lousa, e sim uma tela entre as partes, os professores informam como acharam solução e conseguiram seguir.

O professor de matemática explica que: “Deixo os exercícios resolvidos no PowerPoint e no caso de dúvidas resolvo o exercício em folha de sulfite mostrando algum detalhe específico.”

O professor de química partiu para outros meios como diz: “Compartilhamento de tela com caneta do powerpoint e gravações de vídeos de resoluções feitas por mim.”

Já a professora de física procurou outros recursos: “Como recurso um programa de lousa digital, vídeo onde faço a resolução passo a passo. Enfim depende da aula e dúvidas que vão surgindo”

Nota-se o desafio encarado por todos, esta pesquisa está resumida a uma escola que paralisou o funcionamento somente em uma semana do mês de março, quando se iniciou as declarações governamentais de fechamento, atendo as normas colocou os professores em ação para que em breve cumprisse o necessário, até que urgentemente fosse decidida a maneira de trabalho, através de um programa ao qual já havia parceria, o Team da Microsoft, e também utilizar um outro no qual já era comum para controle de notas, faltas, e afins e chamado SEI.

Professores tiveram apoios e suporte de equipes de TI, sendo sempre orientados, reforçamos tais informações para que seja entendida a opinião e dificuldades encontradas por eles.

 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

A pesquisa realizada foi com a intenção de compreender a situação dos professores de física, química e matemática com a situação passada da urgência das mudanças e continuar a lecionar da maneira que fosse possível.

O objetivo foi atendido com as quatros questões analisadas.

O primeiro objetivo específico era identificar o grau de conhecimento do professor e como se adaptou ao mesmo.

Os resultados foram bem claros a respeito do esforço, e do interesse de buscar o melhor para atender os alunos e a situação. Sendo objetivos e em todo momento se dedicaram em busca do melhor.

O segundo objetivo específico era saber a respeito da adaptação dos alunos junto à mudança para aula “online”, como eles se encontravam nesse momento.

Os professores reforçaram que ouve uma dificuldade dos alunos em se adaptar e aceitar de primeiro momento, mas estavam se acostumando e entendendo a necessidade da maneira utilizada, virtual.

O terceiro objetivo específico identificar as diferenças com o desafio do ensinar de outra maneira, a distância como foi o ocorrido.

Os professores ressaltaram os problemas mais simples como os de conexão, por depender de tudo pessoal para desenvolver o trabalho, até mesmo como aplicar os cálculos para que fosse possível aos alunos entenderem. Mas reforçando que com o tempo foram também se adaptando.

O quarto objetivo específico foi identificar as maneiras aplicadas para trabalhar junto aos alunos, sendo a base de cálculos.

Mais uma vez todos citaram um primeiro momento de dificuldade, as maneiras para poder expressar os cálculos para facilitar a compreensão, ainda que diferente da sala de aula, mas, que atraísse a atenção e o interesse dos alunos.

Com a pesquisa feita, a voluntariedade de três professores contribuindo para entendermos como foi a interação com a situação COVID e a mudança ocorrida, foi possível notar que o esforço contribuindo com a assistência e apoio da escola e outros professores, como também informado que tiveram (e têm) reuniões de suporte e sugestões, demonstra que nessa escola estudada foi possível conseguir prosseguir os bimestres correntes.

Adaptaram professores e alunos, de maneira a se unirem e seguirem os ensinos e aprendizagem, mesmo sendo muito longe da rotina acostumada, mas com tanto trabalho e mudanças conseguiram seguir o barco no mar revolto.

 

6. REFERÊNCIAS.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.

BELLONI, M. L. Educação à distância. Campinas: Autores Associados, 2001.

BERLO, D. K. O processo da comunicação: introdução à teoria e à prática. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

BRASIL. Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o Art. 80 da LDB (Lei nº 9.394/96). Brasília: Presidência da República. Disponível em: <http://www.mec.gov.br/seed/tvescola/ftp/leis/D2494.doc>. Acesso em: 12 maio 2020. 

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Presidência da República. Disponível em: <http://www.mec.gov.br/seed/tvescola/ftp/leis/lein9394.doc>. Acesso em: 12 maio 2020.

DELORS, Jacques et al. Educação: um tesouro a descobrir - Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez; Brasília: MEC: UNESCO, 2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

NISKIER, A. Educação à distância: a tecnologia da esperança. São Paulo: Loyola, 1999.

SANTOS, Julio César Furtado. Aprendizagem significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor. Porto Alegre: Mediação, 2008.