FAPEN ON-LINE. Ano 2, Volume 5, Série 17/05, 2021.
Resumo: Este artigo
tem como objetivo analisar, por meio de uma visão semiótica, a sistematização do
presente do modo indicativo nas línguas Portuguesa - Brasileira e Alemã. Primeiramente,
procurei refletir acerca dos conceitos de aspectualização e temporalização do
presente do modo indicativo. Num segundo momento, detive-me na análise de
orações e trechos de textos com a utilização deste tempo verbal em ambas as
línguas.
Palavras-chave: presente do indicativo, modo, tempo.
ABSTRACT: This article is aimed at analyzing, through a semiotic view and perspective, the systematization of the simple present tense in both Portuguese-Brazilian and German languages, a contrastive study of both languages. Firstly, I bring reflections on the concepts of aspectualization and tenses of the simple present tense in both languages. Secondly, I focused on the analysis of sentences and excerpts from texts which use this verb tense in both languages.
KEYWORDS: simple present tense - verbal mode - tenses.
1.
INTRODUÇÃO.
“O tempo é uma categoria da
linguagem, pois é intrínseco da narração, mas cada língua manifesta-o
diferentemente” (FIORIN, 2005, p. 142).
Neste sentido, para analisar o tempo
gramatical e seu aspecto em uma língua, podemos dizer que, existem diversas
formas, que linguistas divergem quanto ao tipo de dados que consideram
relevantes mediante a opção que fazem.
Como objeto de estudo deste artigo,
concentrei-me no tempo verbal presente do modo indicativo, por considerá-lo
importante no discurso dos falantes que verbalizam e descrevem suas ações cotidianas.
Existe o mesmo número de formas para
descrever fatos habituais tanto no Alemão quanto no Português, entretanto, distinguem-se
quanto à morfologia, à semântica e à pragmática.
Em relação às questões morfológicas do
presente do modo indicativo, a Língua Portuguesa apresenta nas gramáticas uma
descrição como sintética (eu trabalho)
e analítica (eu estou trabalhando – tenho
trabalhado), o que difere em Alemão, que apresenta uma forma sintética (ich
arbeite) e formas perifrásticas de gerúndio (ich bin am / beim Arbeiten - ich arbeite gerade - ich bin (gerade) dabei
zu arbeiten), que desenvolvem o processo da ação no momento da fala, neste
caso de ações cotidianas.
Quanto ao aspecto verbal, ou seja, a
maneira pela qual a ação se desenvolve, fica evidente que em ambas as línguas,
as características morfológicas são marcadas diferentemente.
“O modo verbal, basicamente, assinala a
posição do falante com respeito à relação entre a ação verbal e seu agente ou
fim” (BECHARA,
2009, p. 213), i.e., o que o falante realmente pensa dessa relação e de fato
exprime em relação ao que pensa.
O aspecto verbal, segundo Jakobson “assinala
a ação levada até o fim, isto é, como conclusa (perfeita) ou inconclusa
(imperfeita)” (Apud BECHARA, 2009, p. 213).
Em outras palavras, o aspecto
relaciona-se com o desenvolvimento da ação, o acontecimento, que pode se
caracterizar por uma ação que dura ou é pontual.
A aspectualização de duração e pontualidade
também são expressas pelos tempos verbais e podem significar (in)conclusibilidade
do processo verbal.
Nesta análise, pretendo investigar a
sistematização do presente do modo indicativo entre as Línguas Alemãs e
Portuguesa - Brasileira, não só desvelando semelhanças, como também destacando
diferenças, o que acreditei ser apropriado.
Primeiramente, apresentarei uma análise
contrastiva do presente do modo indicado em ambas às línguas, por considerá-la
adequada a este propósito.
Num segundo momento, proponho uma análise
reflexiva sob a distinção entre a temporalização e a aspectualização deste
tempo verbal nas duas línguas.
A proposta deste estudo é apresentar,
sob um prisma semiótico, uma análise das ocorrências dessa forma verbal na
sequência do texto, por meio de suas funções básicas, bem como sua importância
na estruturação do discurso.
Como corpus,
utilizarei orações como também trechos de textos retirados de revistas e livros
didáticos para o ensino de Língua Portuguesa para brasileiros e de Língua Alemã
como língua estrangeira.
Por isso, apresento a análise dessas
orações e trechos para exemplificar as ocorrências do mesmo tempo verbal em ambas
as línguas.
Desta forma, tomarei a temporalização e
a aspectualização como mecanismos discursivos para a realização desta pesquisa.
Além disso, tentarei responder para que sirvam e como
funcionam tais mecanismos.
2.
ANÁLISE CONTRASTIVA DA SISTEMATIZAÇÃO DO PRESENTE DO INDICATIVO NAS LÍNGUAS
ALEMÃ E PORTUGUESA-BRASILEIRA, DE ACORDO COM SUAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS,
SEMÂNTICAS E PRAGMÁTICAS.
A apresentação morfológica e semântica
baseia-se na descrição das formas de acordo com as gramáticas: Moderna Gramática da Língua Portuguesa,
Evanildo Bechara, 2009 (para a Língua Portuguesa), Gramática Alemã, Herbert Andreas Welker, 1992 e Die groβe Grammatik
Deutsch Pons, 2009. (para a Língua Alemã).
Quanto à apresentação semântica da
sistematização do presente do modo indicativo, apoio-me à teoria de Fiorin, que
organiza os tempos verbais em termos do sistema operacional como tempos
enunciativos e enuncivos.
O aspecto morfológico da formação do
presente do indicativo em ambas as línguas é, originalmente, flexional, como em
latim, por meio das chamadas formas
flexionadas, que tomam diferentes pessoas gramaticais nos diversos tempos,
modos e vozes.
Em relação à estrutura aparece
basicamente da mesma forma em português, em “orações independentes e nas
dependentes que encerram um fato real ou tido como tal” (BECHARA, 2009, p.275).
A forma alemã para representar o
presente do modo indicativo utiliza o Präsens como forma sintética, o que estruturalmente
não fica distante do Português.
No entanto, em português, há as formas
perifrásticas de gerúndio, conhecidas como locuções verbais (estou fazendo –
está lendo), que designam ações em desenvolvimento no modo presente.
Neste caso, fica evidente que em ambas
as línguas há diferenças morfológicas e semânticas, pois são marcadas pelo uso
de expressões fixas, com utilização de preposições e/ou advérbios.
3.
AS DECLARAÇÕES E O EMPREGO DO PRESENTE DO MODO INDICATIVO EM AMBAS AS LÍNGUAS.
Para entender os diversos empregos deste
tempo verbal, recorro à estrutura didática da gramática de Bechara (2009), por
tornar-se relevante a este propósito.
Assim, apresentarei, por meio de uma
análise comparativa, as declarações que este tempo denota e os casos de
emprego.
Em seguida, proponho uma análise
sistematizada do uso deste tempo verbal em termos de sistema temporal apoiada
aos conceitos de Fiorin.
3.1.
Das declarações que denotam o presente do modo indicativo.
Tempos e modos verbais são categorias
gramaticais que todas as línguas possuem para expressar fundamentalmente a
noção de tempo.
O modo verbal caracteriza-se pelas
variadas maneiras que podemos utilizar o verbo “conforme a posição do falte em
face da relação entre a ação verbal e seu agente” (BECHARA, 2009, p.221), ou
seja, a significação que podemos dar a ele a partir de um recorte que o
enunciador expressa sobre o fato.
O tempo verbal referência os fatos a
partir do momento em que se fala, informando o momento que algo acontece,
aconteceu ou que ainda irá acontecer.
São estes os tempos verbais:
Tempos Passados – aplicam-se
a fatos anteriores ao momento da fala;
Tempos Presentes –
aplicam-se a fatos ao momento da fala;
Tempos Futuros – aplicam-se
a fatos posteriores ao momento da fala.
No entanto, os verbos podem ser
empregados em determinados tempos cujos significados nem sempre correspondem
aos indicados pela nomenclatura oficial.
É o caso do presente do modo indicativo
que:
se caracteriza pelo traço “negativo” ou
“neutral” em relação ao pretérito (passado) e ao futuro, que são termos
(positivos), isto é, aplicados ao ocorrido, o que lhe permite, ao presente,
empregar-se, em determinados contextos, “em lugar” do passado e do futuro
[ECs.1,234]. Não ocorrendo a neutralização, tais substituições ficam impedidas:
e, agora estarei muito cansado, se entendermos “agora mesmo”, e não “em
seguida”, depois do momento em que falo (quando a construção será perfeitamente
possível), não se empregará o futuro pelo presente (BECHARA, 2009, p. 276).
Nesse sentido, pode-se dizer que o
presente do modo indicativo apresenta três variadas declarações, em ambas as
línguas.
A primeira declaração é a de que se
verifica ou de que se prolonga até o momento em que se fala, ou seja, um presente
momentâneo.
A segunda declaração é a de que acontece
habitualmente ou repetitivamente, um presente habitual ou até frequentativo.
A terceira declaração representa uma
verdade universal, verdades científicas, que são constatadas a respeito de algo
ou alguém, um presente durativo.
3.2.
Do emprego do presente do modo indicativo.
O emprego deste tempo verbal pode
ocorrer em quatro diferentes casos.
1° CASO: para expressar acontecimentos históricos como uma novidade atual:
É importante observar que neste primeiro caso, o uso é muito comum em narração, informações ou descrições em ambas as línguas, pois transmite vivacidade dos fatos, como também uma ideia de novidade das coisas atuais.
2° CASO: para declarar fatos futuros,
possivelmente como ênfase de uma decisão:
O segundo caso, basicamente, apresenta o
uso do presente do modo indicativo pelo futuro do indicativo, expressando um
futuro próximo ou indeterminado.
3° CASO: para declarar fatos possíveis ou previstos, inclusive nas orações condicionais.
No terceiro caso, o presente é empregado
pelo futuro do subjuntivo.
Em orações independentes optativas e
subordinativas com o uso de advérbios dubitativos resignificando a ideia de
fatos incertos, hipotéticos, duvidosos e até mesmo impossíveis de se realizar.
Quanto ao uso pragmático do presente do
modo indicativo, pode ocorrer, em ambas as línguas, em dois diferentes casos.
Um para indicar fatos futuros, em orações condicionais (caso muito mais raro em
português do que em Alemão).
Outro com valor imperativo, ou seja,
constituído da expressão de um desejo ou de uma ordem delicada e familiar
(linguagem informal em ambas as línguas).
3.3.
Das formas perifrásticas no presente do modo indicativo.
É consensual entre diversos estudos que
na modalidade da língua falada, as construções perifrásticas verbais desvelam
um processo de formação, inovação e renovação constantes em uma língua, pois
evidenciam “a dinamicidade desse processo, que tem sido considerado, muitas
vezes, um padrão cíclico de formas sintéticas e analíticas que se intercalam”
(FLEISCHMAN, 1982, p.134).
Na Língua Portuguesa, especificamente, a
construção perifrástica formada pelo verbo estar
(no presente do indicativo) mais um verbo no gerúndio, emprega-se a um fato em
desenvolvimento ou declara ênfase de um fato que se realiza no momento da fala.
Tal forma também conhecida como gerundismo, desaconselhada pela
norma-padrão, tem causado muitas controvérsias em variados estudos que a
consideram como anglicismo ou um vício de linguagem.
No presente artigo, meu interesse se
centra, contudo, numa análise comparativa do uso desta forma verbal que está
intimamente ligada ao presente do modo indicativo num processo de recorrência,
especialmente, da língua falada que a utiliza para tratar de assuntos
cotidianos.
Embora uma discussão sobre as questões
do bom ou mal recomendado desta construção merece, a meu ver, ser objeto de estudo
de um futuro artigo.
Ao estudar a construção perifrástica de
gerúndio da Língua Portuguesa e encontrar a similaridade na Língua Alemã,
nota-se uma clara diferença morfológica, semântica e pragmática entre ambas as
línguas.
A correspondência desta forma em alemão
é representada pela Verlaufsform, que é formada pelo uso do verbo sein
(ser/estar) mais a utilização das preposições beim ou am
e também o infinitivo do verbo principal na sua forma substantivada
(nominalisierter Infinitiv).
Esta construção denota um efeito de
progressividade gramatical, assim cumprindo o mesmo papel da forma “estar+gerúndio”
na Língua Portuguesa.
A Verlaufsform apresenta-se em três diferentes formas
fazendo referência a uma ação acontece concomitante no momento em que fala.
a) por meio da utilização do verbo sein
(estar) com o uso de uma das preposições am ou beim mais um verbo
substantivado.
b) Com utilização do advérbio gerade
assim como advérbios sinônimos: im Augenblick e im Moment.
c)
por meia da estrutura da expressão (gerade) dabei sein, etwas zu tun.
É interessante observar que a estrutura sein + am/beim + nominalisierter Infinitiv
aparece predominantemente na modalidade da língua falada, enquanto as outras
duas formas aparecem não só na modalidade da língua falada, como também na
língua escrita.
4. A SISTEMATIZAÇÃO DO PRESENTE DO MODO INDICATIVO.
“Os tempos verbais organizam-se em termos do sistema temporal” (FIORIN, 2005, p.148).
Desta forma, podem ordenar-se em tempos
enunciativos e enuncivos, que marcam “uma coincidência entre o momento do
acontecimento e o momento de referência” (FIORIN, 2005, p.149).
Nesse sentido, o presente é um tempo enunciativo,
pois marca uma concomitância com o próprio presente e uma não-concomitância com
a anterioridade (pretérito perfeito) e com a posterioridade (futuro do
presente).
Assim, infere-se este tempo verbal é
utilizado para tratar de uma enunciação fundamentalmente relacionado ao tempo
presente.
Contudo, deve-se compreender alguns
fatores do uso desse tempo em consonância com alguns pressupostos enunciativos
predefinidos.
São três os casos que se relacionam com
o momento da enunciação:
1°) O presente pontual, quando há uma coincidência
entre o momento de referência e o momento de enunciação. Também faz parte do
discurso de elaboração da ciência.
Neste caso, os verbos grifados no
presente do indicativo indicam estados ou transformações, que têm como ponto de
referência o momento da enunciação, um presente marcado pelo agora, que passa
no momento em que ele diz “eu decido tomar uma xícara de leite”, um momento de
referência preciso para o desenrolar das outras transformações.
2°) O presente durativo surge por meio do
momento de referência uma duração variável, geralmente mais longa, do que o
momento de enunciação. E pode ser contínua (presente de continuidade) ou
descontínua (presente iterativo).
Neste exemplo, o momento de referência é
o tempo após poucas semanas, que é
mais longo do que o momento preciso da enunciação, e também é simultâneo ao
momento de enunciação.
Pois a marca do tempo recapitula ou
coincide com o momento de referência. Há aqui um presente de continuidade, que se
prolonga até o momento da enunciação.
Veja outros exemplos:
O momento de referência é este ano, que é marcado pelo tempo de
transformação aprendo.
O momento de referência é aos sábados e sextas-feiras, que se
organiza coincidentemente como o momento da enunciação, marcado pela evidência
de um determinado ponto do momento de referência, reiterando a ação ocorrida no
momento da enunciação. Há aqui um presente iterativo.
3°) O presente omnitemporal ou gnômico e aparece quando o momento de referência e acontecimento são concomitantes enunciando “verdades eternas ou que se pretendem como tais" (FIORIN, 1996, p.151). Tempo verbal muito frequente nas ciências, religião e em sabedoria popular como dizeres e provérbios.
Nesses exemplos, o momento de referência
é um implícito marcado pelos estados “fica” e “evapora” indicando uma verdade
científica, comprovada e real.
Este tipo de presente fica evidente também nos seguintes casos.
A aspectualização é uma categoria
morfossintática verbal que é linguisticamente representada pelo enunciado, a
partir de um ponto de referência, expressando o início, o desenrolar e o fim de
uma ação.
Tem como essência uma situação interna
dentro do enunciado, que pode estar em curso (desenvolvimento) como também em
um todo completo marcado pelo valor temporal.
Quanto à pragmática, as diferenças
aspectuais do presente do indicativo entre a forma do presente progressivo, é
marcada pelo valor e emprego no momento da enunciação entre os dois tempos,
pois o aspecto está ligado à duração do processo verbal.
“Temos, nesses casos, a oposição entre
um presente omnitemporal e um presente durativo” (FIORIN, 2009, p. 151).
É evidente que tais aspectos permitem
até criar oposições entre ambos os tempos.
As frases abaixo são exemplos que expressam uma situação que ocorre no momento da enunciação.
Temos, nesses casos, a oposição entre um presente omnitemporal e um presente durativo. Aliás, no caso de estados, a oposição ser/estar manisfesta, segundo Mira Mateus e outros (1983, p. 136-42), uma dicotomia entre predicadores individuais e predicadores de manifestações temporalmente limitadas de individuais. (FIORIN, 2009, p. 152)
Não só a Língua Portuguesa, como também a
Língua Alemã utiliza, na forma semântica e pragmática, o presente atual e o
presente progressivo, seja durativo, seja omnitemporal, para fazer contraste
entre as formas do presente simples e do presente progressivo.
5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Nesse presente estudo, concentrei-me no
uso dos verbos no presente do modo indicativo na Língua Alemã e no
Português-Brasileiro.
Mais especificamente, no estudo das
questões semânticas e pragmáticas deste tempo verbal.
Em relação à análise gramatical dos
verbos no presente do modo indicativo do Alemão e do Português-Brasileiro,
percebi os tempos verbais são a alteração do tempo a que se refere um verbo
conforme sua conjugação, isto é, passado (pretérito), futuro, uma ordem sendo
dada (imperativo) ou uma possibilidade (subjuntivo).
No entanto, podem ser empregados em
determinados tempos cujos significados nem sempre correspondem aos indicados pela
nomenclatura oficial.
O modo indicativo, por exemplo, em
diferentes línguas, tem a função de revelar a atitude objetiva do falante ao
conteúdo daquilo que se fala ou escreve, assim apresentando um fato expresso
pelo verbo como certo, de fato, preciso ou verdadeiro, seja no presente, no
passado ou até mesmo no futuro.
Entretanto, também pode apresentar fatos
presentes associados à anterioridade, à posterioridade e à concomitância no
momento da enunciação.
Com base nos estudos, considerei
importante para esta análise uma compreensão da gramática (descrição), a
semântica (descrição das categorias do tempo, aspecto e modo) e a pragmática (o
uso) para desvelar tais diferenças e semelhanças.
Por meio da descrição gramatical e uma
análise contrastiva, constatei que é possível aprender o significado e o melhor
emprego deste tempo verbal.
Quanto à pragmática, percebi que nem
sempre as distinções se assemelham em ambas as línguas, pois há diferenças em
relação à temporalidade na enunciação.
6.
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SALES CORÔA, Maria Luiza M. O tempo
nos verbos do português: uma introdução à sua interpretação semântica.
Brasília: Thesaurus, 1985.
WELKER, Andreas Herbert. Gramática Alemã. Brasília: Universidade Federal de Brasília, 1992.
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