terça-feira, 21 de julho de 2020

Reúso de água nas escolas: estudo de caso e proposta.

  FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 7, Série 21/07, 2020.


Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.


Doutor em Ciências Humanas - USP.

MBA em Gestão de Pessoas - UNIA.

Licenciado em História - CEUCLAR.

Licenciado em Filosofia - FE/USP.

Bacharel em Filosofia - FFLCH/USP.

 

Orientador e líder do projeto.


AUTORES: E. S. CARVALHO; J. A. OLIVEIRA JUNIOR; J. A. FONSECA; M. F. SANTOS; V. A. L. VALE; V. R. SILVA.


RESUMO: Analisaremos o uso da água, soluções alternativas para redução de consumo nas escolas e técnicas de reutilização. A reutilização ou reúso de água não é um conceito novo e tem sido praticado em todo mundo há muitos anos. Deve-se considerar o reuso de água como parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional ou eficiente da água. Mostraremos algumas técnicas, dando ênfase nas estimativas de consumo aplicado em uma escola municipal (fictícia), onde o consumo de água é altíssimo. A partir dai, mostraremos o quanto é rentável a utilização dessas técnicas no âmbito financeiro e ambiental. 

PALAVRAS-CHAVE: Reutilização, Água, Consumo de Água.

 

ABSTRACT: We will analyze water use, alternative solutions to reduce consumption in schools and reuse techniques. The reuse or reuse of water is not a new concept and has been practiced worldwide for many years. Water reuse should be considered as part of a broader activity that is the rational or efficient use of water. We will show some techniques, emphasizing the consumption estimates applied in a municipal (fictitious) school, where water consumption is very high. From there, we will show how profitable it is to use these techniques in the financial and environmental spheres.

KEYWORDS: Reuse, Water, Water Consumption.

 

1. INTRODUÇÃO.

O tema água tem sido muito abordado atualmente, pois seu uso inconsciente somado às condições das constantes transformações climáticas que o planeta vem sofrendo, traz a tona uma preocupação.

Conforme os anos vão passando, as pessoas tem demonstrado uma postura errada em relação à preservação dos recursos hídricos em geral.

Grandes cidades, como São Paulo e outras da região metropolitana e do litoral paulista, já sentem os efeitos da falta de água.

No entanto, o Brasil não é o único país que passa por esse problema, outras regiões do mundo, como a África, estão passando pela mesma situação.

A falta de água provoca um efeito dominó, pois sem este precioso recurso uma serie de serviços sofrem prejuízo, como, por exemplo, a distribuição de energia.

A humanidade, inconsciente, diante da realidade, vem se apropriando dos recursos hídricos sem se preocupar com a preservação de seu ciclo natural, poluindo os reservatórios ou desviando os cursos originais das águas.

Por outro lado, com o crescimento descontrolado e desordenado das zonas urbanas, a ocupação humana e construções nas margens dos rios e córregos, aumentam-se os riscos potenciais de degradação da qualidade hídrica, o que reflete diretamente no quadro de escassez de água.

Alguns projetos foram desenvolvidos em parceria com a Escola Politécnica da USP e com a UFSCar, então orientados na Unicamp pela professora Marina Sangoi de Oliveira (2005), sobre o consumo de água nas escolas.

Os levantamentos tiveram como objetivo analisar os prédios escolares do ponto de vista do uso de água, as condições de operação e estado de conservação deste recurso.

As condições de operação dizem respeito ao funcionamento dos equipamentos, ocorrência de vazamentos e dificuldades de fechamento dos registros.

Escolas de 60 anos ou de dois ou três anos não apresentaram muitas diferenças quanto ao vazamento de água.

As antigas já passaram por manutenções e as novas rapidamente apresentam problemas por causa da precariedade dos materiais utilizados.

Outro levantamento da pesquisa avaliou a adequação dos aparelhos instalados em função do volume e do tipo de público atendido.

Também foi considerado o número de bacias sanitárias em banheiros públicos presentes nas escolas, a altura de colocação dos equipamentos, obediência às normas e sua adequação com relação ao desperdício de água, pois muitas vezes as diretrizes seguem manuais que não se adaptam às condições brasileiras.

A Secretaria de Educação do município de São Paulo forneceu o projeto arquitetônico, que nem sempre está adequado a uma utilização eficiente da água.

As escolas analisadas pelos pesquisadores tinham projetos de sistemas prediais hidráulico-sanitários ineficientes.

Cópias heliográficas ou croquis foram digitalizados para que pudessem ser detalhadas posições de ralos, registros, torneiras, bacias, pias e demais componentes.

Nas escolas estudadas estimaram-se perdas que chegam até a 80% do volume de água gasto mensalmente.

Cerca de 10% das escolas apresentaram vazamentos na rede enterrada e muitos deles não afloraram de forma a se fazerem visíveis aqueles que utilizam o edifício.

A ocorrência de patologias nos sistemas hidráulico e sanitário é outro problema frequente em 40% das escolas.

Os aparelhos e equipamentos com maior incidência de patologias são as torneiras de uso geral e as válvulas de descarga.

Nos sistemas prediais de água fria e quente as patologias mais frequentes referem-se ao cavalete do hidrômetro (vazamentos, ausência de volantes nos registros) e no reservatório superior (problemas na tampa ou na boia).

Nos sistemas prediais de esgoto sanitário e águas pluviais, os maiores problemas localizam-se nas caixas de gordura (ausência de sifão, subdimensão, vedação inadequada) e nas caixas de inspeção de esgoto (vedação inadequada ou tampa lacrada, presença de resíduos sólidos no interior).

Então, partindo da premissa que a água é um bem finito e que já está se esgotando, precisa adotar técnicas de como reutilizar a água, promovendo a importância de sua conservação.

No setor urbano, os potenciais de reúso da água ainda são desconhecidos da maior parte da população, nas escolas esta realidade se repete, onde praticamente inexistem projetos arquitetônicos que considerem a questão.

Nossa proposta é demonstrar através do estudo de caso de uma escola municipal da cidade de Santos, que não utiliza nenhum sistema de reaproveitamento de água, como um projeto eficaz poderia gerar economia contra o desperdício de água.

A proposta é contribuir para criação de parâmetros que possibilitem a reutilização de água em escolas em quantidades significativas, exigindo apenas adaptações de baixo investimento.

Nesta pesquisa serão abordados sistemas eficientes de economia e reuso de água, priorizando a saúde do usuário.

Abordaremos alternativas sustentáveis de utilização de recursos naturais, observando o uso da água de forma inconsciente.

Percebe-se que o maior descaso ocorre quando se trata do uso irracional, pois, infelizmente, o Brasil ainda não possui uma politica voltada ao crescimento sustentável, inserindo-se lentamente nesse novo mercado.

Independente do aproveitamento econômico, é importante que as pessoas aprendam a cuidar e preservar a água, visto estar se transformando em um recurso cada vez mais escasso, para que no futuro possamos evitar guerras e conflitos por sua disputa.

 

2. CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE CASO.

O reuso relaciona-se com a proteção à saúde pública e meio ambiente, saneamento ambiental e gerenciamento de recursos hídricos.

Para a prática do reúso é necessário conhecer as bases legais e assim definir a sua forma correta.

Sendo assim, o reúso pode ser um instrumento para liberação de recursos hídricos de melhor qualidade para fins mais nobres, utilizando afluentes e protegendo a saúde pública e o meio ambiente.

Neste projeto utilizamos o reúso de águas cinza e a captação e armazenamento da água da chuva em uma escola infantil municipal da cidade de Santos.

Analisamos os resultados durante um mês e ao final tabulamos os dados para demostrar os pontos fortes da proposta, comparando os resultados ao que foi economizado em relação aos meses anteriores, quando ainda não havia o sistema de tratamento proposto.

Atualmente grande parte da água da chuva vai parar na rede de esgoto das cidades, gerando um grande desperdício.

Esta água, se captada, poderia ser usada para diversas finalidades.

É verdade que o sistema de reúso de água vem ganhando espaço lentamente no Brasil e no mundo, devido à carência do recurso e aumento de seu consumo.

Muitas empresas, indústrias e áreas comerciais, já fazem uso do sistema de captação e armazenagem da água da chuva, que é usada em limpezas em geral, resultando em uma grande economia na conta de água.

Muitas já adotam também os meios mais eficazes contra o desperdício, como a torneira inteligente, que possui um temporizador que a faz fechar sozinha após algum tempo aberta.

Todavia, em escolas, sobretudo públicas, não existem projetos que consideram os benefícios do reuso de água.

 

3. OBJETIVO E METODOLOGIA.

O presente trabalho tem por objetivo colocar em prática a reutilização de água, em uma escola municipal da cidade Santos, mantida incógnita por razões éticas, simulando um projeto economicamente viável com retorno em curto prazo.

Neste sentido, pretendemos conscientizar a comunidade local e a sociedade no que diz respeito à utilização e/ou consumo adequado da água potável.

Demostraremos a real necessidade de implantação do reúso de água em função da atual situação da disponibilidade hídrica, que se encontra cada vez mais reduzida.

Para tanto levamos em consideração que a água captada da chuva será utilizada para consumo humano, depois de passar por um tratamento adequado.

A água captada da chuva pode ser utilizada também para outros fins, como, por exemplo, irrigação de plantas, lavagem e limpezas de calçadas.

 

3.1 Objetivo específico.

Pretendemos descrever os conceitos e métodos relativos ao reúso da água na atividade escolar, com ênfase a uma escola municipal da cidade de Santos, mantida incógnita, discutindo o beneficiamento da utilização deste método, motivado pela preocupação mundial com a sustentabilidade, assim como com o valor econômico da água.

 

3.2 Metodologia.

Utilizamos pesquisa bibliográfica junto a publicações cientificas e arquivos, além de consulta em sites relacionados ao tema.

A pesquisa foi realizada ao longo de cinco meses, entre fevereiro e junho de 2015, orientada pelo Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

Utilizamos a pesquisa de campo como forma de obter dados, consolidando a simulação de uma proposta embrionária de implantação de mudanças na escola analisada.

 

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS.

Na escola analisada, constatamos mais de 4.351 milhões de litros gastos para 1.836 milhões de litros consumidos, para um total de 1.364 alunos presentes na instituição de ensino.

Através de pesquisas e coleta de dados, foi elaborada uma tabela e um gráfico para mostrar o consumo mensal da água na Instituição, como mostra a Tabela 1 e o Gráfico 1.




Caso houvesse a implantação de um sistema simples de captação de água de chuva para reuso, haveria uma economia de quase 50% no volume mensal utilizado pela escola.

Esta informação está simbolizada no gráfico 2, que simula a economia mensal de água após a implantação do sistema de captação da água de chuva na escola.


 

4.1 Operações de filtragem.

Para reutilizar a água das chuvas, seria necessário implantar um sistema de filtragem, o qual é simbolizado pela figura 1.


 

FLOCAÇÃO.

A floculação e a coagulação são processos químicos e físicos em que partículas muito pequenas são agregadas, formando flósculos, para que possam decantar-se.

Essa é uma das primeiras etapas do tratamento de água.

 

DECANTAÇÃO.

A decantação que é um método de separação pouco rigoroso entre uma fase sólida e uma fase líquida ou entre duas fases líquidas.

Esta separação realiza-se devido à diferença de tamanho ou peso das partículas pelo efeito de uma corrente lenta de água ou ar.

Para separar uma fase sólida de uma fase líquida, deixa-se a mistura em repouso para que o sólido se deposite no fundo do recipiente - sedimentação.

O líquido sobrenadante é então transferido, lenta e cuidadosamente, para outro recipiente, evitando-se que o sólido venha arrastado.

 

FILTRAÇÃO.

A filtração é um processo físico de separação de misturas heterogêneas do tipo sólido-líquido ou gás-sólido.

Como o próprio nome indica, utiliza-se um filtro (um material poroso) para reter as partículas sólidas, separando-as do líquido ou do gás.

A cloração consiste na adição de cloro na água clarificada.

Este produto é usado para destruição de microrganismos presentes na água, que não foram retidos na etapa anterior.

 

CLORAÇÃO.

O cloro é aplicado em forma de gás ou em soluções de hipoclorito, numa proporção que varia de acordo com a qualidade da água e de acordo com o cloro residual que se deseja manter na rede de abastecimento.

O cloro é utilizado para desinfecção, para reduzir gosto, odor e coloração da água, é considerado indispensável para a potabilização da água, possibilitando seu consumo.

 

4.2 Etapas e procedimentos.

Para tornar a água coletada potável é necessário verificar se há capacidade no tanque de recebimento da água para ser tratada.

Depois, caso esteja cheia demais, é preciso abrir a válvula de escape, presente na parte lateral do tanque.

 

Verificado esses processos, o tratamento da água começa abrindo a válvula que joga a água para o tranque de floculação.

O equipamento libra a dosagem certa do reagente sulfato de alumínio junto com a bomba, que movimentará a pá com forte agitação durante 30min.

Em seguida é aberta uma válvula do tanque de floculação que despejará água no tanque de decantação.

A água é decantada por cerca de uma hora, depois desse processo outra válvula é aberta, passando a água do tanque de decantação para o filtro.

O filtro envia a água para última etapa do tratamento, que é a cloração, também realizada pelo equipamento.

No tanque de cloração, o reagente precisa agir por cerca de 30 minutos agitando a água.

Uma bomba leva, depois, a água já tratada para a caixa de água, disponibilizada para consumo humano como potável.

Configurando um processo que deve ser repetido sempre que o tanque com água da chuva fica cheio, podendo enquanto o próximo tanque ainda está em processo de espera, no caso de existir mais de um tanque de armazenamento de chuva.

 

5. EXECUÇÃO DE UM PROTÓTIPO.

Pensando na situação atual, onde existe uma grande necessidade de economizar água, preparamos um protótipo funcional em escala reduzida, conforme pode ser observado na figura 2, 3 e 4.


Figura 2 - Protótipo do sistema de coleta e tratamento
de água (foto de autoria do líder do projeto).


Figura 3 - Protótipo do sistema de coleta e tratamento, retratando
as etapas de transformação da água da chuva em potável
(foto de autoria do líder do projeto).


Figura 4 - Protótipo do sistema de coleta e tratamento de
água em funcionamento (foto de autoria do líder do projeto).


Utilizando os principio anteriormente descritos, o aproveitamento da água da chuva se torna simples e eficaz, evitando o desperdício, podendo ser adaptada em qualquer escola.

Sendo necessário para tal, somente um sistema de captação da chuva e tratamento da água.

Este sistema tem um custo baixo, necessita somente de calhas no telhado e tubulações para levar a água da chuva até um reservatório primário, que é interligado em um sistema de tratamento (floculação, decantação, filtragem, desinfecção, cloração).

Obviamente, a implantação do sistema em novas construções é mais simples, mas adaptar a estrutura existente também é possível, exigindo uma área livre no local para comportar os tanques de armazenagem chuva.

Após os tratamentos realizados, a água tratada é bombeada para uma caixa extra, de onde será distribuída para toda a escola, não exigindo alterações internas nos encanamentos já existentes.


Figura 5 - Equipe responsável pelo desenvolvimento da
proposta e do protótipo do sistema de coleta e tratamento
de água (foto de autoria do líder do projeto).


6. CONCLUSÃO.

O aumento da demanda por água e a redução da oferta, gerando escassez de água, conduz ao reúso como solução para a racionalização e preservação ambiental.

Tentamos demonstrar aqui a importância da reutilização da água em escolas, onde o consumo é elevado, sugerindo a otimização deste recurso finito.

A despeito da necessidade de regulamentação específica para tema, com cuidados cabíveis na proteção do meio ambiente e a conservação do nível da qualidade da água ainda deficiente no Brasil.

Os resultados, da pesquisa de campo em uma escola municipal da cidade de Santos, conduziram a composição de um protótipo simulando métodos de floculação, decantação, filtração e cloração.

Os resultados de potabilização do protótipo se mostraram promissores, foram bastante proveitosos, pois a água da chuva utilizada no processo produziu água tratada potável.

Vale ressaltar que, embora a princípio gaste um determinado valor e tempo, o sistema proporciona um custo benefício considerável, já que possibilita um ganho econômico.

Entretanto, como se trata de um projeto teórico acadêmico, não aplicado concretamente em escola real, devido ao fator tempo contraposto ao custo, nada pode ser afirmado no que diz respeito ao período de retorno de investimento e custos reais.

 

7. REFERÊNCIAS.

BREGA FILHO, Darcy; MANCUSO, Pedro Caetano Sanches. Conceito de reúso de água. Barueri: Manole, 2003.

MANCUSO, Pedro Caetano Sanches. Reúso de água. São Paulo: Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Saúde Pública (Departamento de Saúde Ambiental) da Universidade de São Paulo, 1988.

MORELLI, Eduardo Bronzatti. Reúso de água na lavagem de veículos. São Paulo: Dissertação de mestrado apresentada à Escola Politécnica de Engenharia Hidráulica da Universidade de São Paulo, 2005.

OLIVEIRA, Marina Sangoi de. Pesquisa avalia consumo de água em escolas. Jornal da Unicamp, Edição 282. Campinas: 4 a 10 de abril de 2005. Disponível em: <http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/abril2005/ju282pag11.html > Acesso em 01/03/2015.



segunda-feira, 6 de julho de 2020

Aprendendo um segundo Idioma (língua): caminhos e possibilidades.


FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 7, Série 06/07, 2020.



Profa. Sandra Cunha.

Graduada em Letras - UNIABC.
Pós-Graduada em Língua Portuguesa e Literaturas da Língua Portuguesa - USM


“Seu cérebro, todo cérebro é um trabalho em progresso. É um plástico. Do dia em que nascemos ate o dia que morremos, ele continua (rever/ reorganizar/ transformar/ remodelar) melhorando ou caindo como uma função de como usá-lo”. (Michael Merzenich)

 

“A arte de ensinar é a arte de ajudar na descoberta”. (Mark Van Doren)

 

 

1. INTRODUÇÃO.

Cada língua tem seu próprio conjunto de regras, aprender as quatro habilidades (in put/output: absorção/quantidade de informação que entra- produção/rendimento) como uma segunda língua (L2) pode dar aos alunos um certo receio, ansiedade e também insegurança.

A ideia desse ensaio é dar algumas dicas e mostrar como a aquisição de uma segunda língua demanda esforço e dedicação todos os dias.

Requer algumas horas para estudar, praticar e desenvolver as habilidades, considerando o processo de aprendizagem individual.

 

2. O ESSENCIAL PARA APRENDIZAGEM.

Ter a (expectativa/Esperar) que todas as pessoas aprendam, usando os mesmos livros e mecanismos, é como esperar que todos usem o mesmo número de roupa.

Os (alunos/estudantes) devem evitar o silêncio, algumas pessoas tentam focar os estudos na pronuncia, aprender o máximo de palavras possíveis, mas se esquecem da comunicação.

Desde o início, a fala e a interação é fundamental.

Quando os alunos interagem com outros, eles se tornam mais motivados e os professores podem fornecer algumas estratégias, as tarefas podem ser orientadas para a fluência e (exatidão/precisão).

Embora provavelmente terão alguns erros na gramatica, faz parte do processo, especialmente quando a absorção da língua é limitada e (usualmente/geralmente/normalmente) não é necessária para sobreviver.

Além disso, cada pessoa tem o seu estilo individual de aprendizado, os pontos fortes e fracos, os comportamentos que são mais extrovertidos ou introvertidos.

Trabalhar em grupos ou em par (aumenta/melhora) a produção da fala e, na interação, outras habilidades da língua.

A interação entre estudantes é a chave para o sucesso no aprendizado.

Os professores podem fornecer atividades que, simultaneamente, permitem que os alunos façam uso das quatro habilidades.

Por exemplo, aulas de vídeo, músicas, algumas pesquisas; podem promover a interação e desenvolver efetivamente as habilidades.

Os alunos irão produzir as tarefas juntos usando os aspectos da língua, uma estratégia de aprendizado que fornece experiência cultural e permite a produção escrita.

Uma aula direcionada à apresentação pessoal pode ser uma excelente estratégia que integra as quatro habilidades.

Os alunos respondem uma certa quantidade de perguntas pessoais e, na sequencia, outros podem (recontar/repetir) as informações sobre seus (parceiros/colegas) de classe.

Desenvolver a confiança é o mais importante para os alunos, que devem estar preparados para criar, trocar informações utilizando situações reais.

Comunicar e expor o máximo possível (a fim de/no intuito de ) praticar e melhorar as habilidades.

Assim, sendo possível superar as dificuldades e alcançar os objetivos da aprendizagem de um idioma.

É necessário se (cercar/se rodear) do idioma e individualmente dedicar tempo para revisar tudo o que foi ensinado, de forma que o Idioma faça parte da rotina de estudos do educando.

A chave que abre a prática do sucesso é praticar, praticar e praticar.

No entanto, a experiência pessoal demonstra que, para uma aula de sucesso, a chave está também em um professor que é motivado e apaixonado.

 

3. TÉCNICAS PARA MOTIVAR E ENERGIZAR A AULA.

A aprendizagem de um idioma não depende somente do esforço do aluno, depende do professor (conquistar/atrair) à atenção do educando.

Atividades envolventes ajudam a atrair a atenção para que o aluno fale e crie oportunidades de aprendizado, guiando e gerenciando o processo de absorção do novo idioma.

É importante focar em diferentes combinações e parceiros, dependendo do numero de alunos, podemos dividi-los em dois ou três grupos ou em par.

Operação útil porque normalmente os educandos têm diferentes (experiências/conhecimentos).

Além disso, esta sistemática de trabalho pode contribuir para uma melhor interação e compartilhando experiências.

Apesar das dificuldades em trabalhar em grupos ou par, os alunos podem encorajar os colegas a desenvolver um resultado melhor, dividindo diferentes experiências.

As aulas precisam ter o aluno como centro para aumentar a motivação e também a autonomia, garantindo um processo de aprendizagem otimizado e também uma melhoraria no desenvolvimento de habilidades que são as soft skills.

O professor também pode trazer alguns jogos, fazer competições e debates, para fazer com que a aprendizagem seja divertida, criando um ambiente saudável.

As soft skills quando normalmente (trabalhadas/utilizadas) melhoram a qualidade do processo de aprendizagem, criando alunos mais independentes e autoconfiantes, pois estarão preparados para construir um bom relacionamento entre colegas com diferentes características.

 

4. PROBLEMAS ESPERADOS NO ENSINO EM GRUPO.

Geralmente, acreditamos que os alunos sabem no mínimo o nível que é obrigatório para entender e se comunicar em sala de aula.

É especialmente importante quando os alunos devem explicar as ideias deles.

Aulas interculturais podem ser grandes oportunidades para desenvolver as necessidades dos alunos.

Às vezes, é necessário dar ao educando instruções e explicações mais lentamente, caso contrário podem ter alguns problemas para entender os comandos.

Flash Cards, fotos e gestos podem ajudar a resolver o problema.

Tentar transformar a aula em divertimento, ajuda no processo de aprendizagem, principalmente quando é realizado em grupo.

No entanto, o professor deve ser entusiasmado, ativo e trabalhar duro porque a diversidade linguística também pode ser um problema.

Dar aos alunos a chance de falar mais uns com os outros, não hesitar em dar ideias, manter uma comunicação constante; é benéfico para facilitar e estimular a aprendizagem de um novo idioma.

Não obstante, a timidez e a insegurança podem causar alguns problemas, o que exige do professor quebrar o gelo usando as ferramentas que propiciem descontração dos educandos.

Quando as pessoas não conhecem a cultura de outros países, pode ser difícil interagir.

Neste sentido, a tecnologia é uma importante ferramenta para enriquecer as aulas, possibilitando praticar vocabulário e pronuncia.

Também pode ser útil usar algumas curiosidades e vídeos sobre culturas e credos de outros países, inseridos no novo idioma.

Todas as dificuldades demandam uma atenção especial e algumas estratégias motivacionais.

Ideias inovativas podem ser a solução para dar coragem aos alunos para interagir e superar a timidez.

 

5. CONCLUSÃO.

Aprender um segundo idioma, efetivamente pode abrir grandes oportunidades na vida pessoal e no local de trabalho.

Alguns estudos tem sugerido que aumenta, inclusive, a forca cerebral, contribuindo com a melhoria do desempenho em diversos segmentos do saber.

Porém, para atingir o processo de aprendizado de uma segunda língua, é essencial superar o medo, ansiedade e insegurança.

Nesta tarefa entra o professor, que precisa articular a interação entre alunos, destes com no novo idioma e, sobretudo, ajudar o educando a superar o medo de falar com os colegas e de cometer erros.

Uma vez que a fala e a integração entre as pessoas constitui a essência de qualquer idioma e, portanto, do processo de aprendizagem de um novo idioma.

 

6. REFERÊNCIAS.

Cohen, Andrew D. Strategies in: Learning and Using a Second Language. Harlow: Essex, 1998.

Dornyei Zoltan. Motivation and Motivating in the foreign language classroom. Modern Language Journal, 1994. 

Lantolf, James P. Sociocultural Theory and Second Language Learning. Oxford: Oxford University Press, 2000.



terça-feira, 30 de junho de 2020

Editorial - Ano 1 - Volume 6.

FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 6, Série 30/06, 2020.

 

Neste sexto número da Revista FAPEN ON-LINE, como nas duas edições anteriores, foram submetidos apenas dois textos para publicação.

Lembramos que, deste o dia 25 de maio, contamos com a indexação do Latindex e que a publicação possui ISSN.

Portanto, os textos aqui publicados podem ser incluídos no currículo lattes e pontuam em concurso público de ingresso e progressão nas mais diversas áreas.

Pesquisadores, estudantes, professores e demais interessados, da instituição e fora dela, estão convidados a submeter textos ao conselho editorial, com vistas a sua publicação.

Assim, reforçamos o compromisso de divulgar projetos e pesquisas inovadoras desenvolvidos no Pentágono e o convite para submissão de textos.

Desde abril, estamos também abertos à participação de interessados vinculados a outras instituições.

Na última edição, tivemos a participação de uma autora de fora do Pentágono, cujo artigo já consta entre os mais acessados até o presente momento.

 

Qualquer dúvida, o editor pode ser contatado através do e-mail da revista.

Os artigos, ensaios, resenhas de livros ou filmes, noticias e sugestões de pautas devem ser enviados através do e-mail:

fapen.publicacoes@gmail.com

 

Lembramos que a revista é classificada como interdisciplinar e internacional, não possui fins lucrativos e tem periodicidade mensal.

Publica textos em 4 (quatro) segmentos:

 

1.         Tecnologias: Projetos de articulação e Inovação;

2.         Negócios/Empreendedorismo: Estratégias em Gestão Organizacional;

3.         Sustentabilidade: Higiene, Segurança, Ambiente e Responsabilidade Social;

4.         Educação e artes: divulgar a produção acadêmica sobre temas de interesse para a pesquisa em educação e artes.

 

Os textos devem seguir as orientações contidas nas normas de publicação.

A qual pode ser acessada através do link:

https://fapenpentagono.blogspot.com/2020/01/normas-para-publicacao.html

 

A Revista possui expediente formalizado na coluna ao lado direito da tela, um corpo técnico-administrativo formado pelos coordenadores de cursos da faculdade e pelo revisor, um conselho editorial de professores titulados da FAPEN e de outras universidades (visando garantir a isonomia cientifico-acadêmica).

Na mesma coluna ao lado direito, o leitor tem acesso ao Sumário de cada publicação (mês), link de acesso para as normas de publicação e e-mail de contato, formulário de contato, link que permite seguir a publicação através de perfil no Google (possível também através de e-mail cadastrado na revista), acesso ao currículo lattes dos membros do conselho editorial e do corpo técnico-administrativo (clicar na foto correspondente).

 

Os textos mais acessados e o índice de volumes publicados podem ser encontrados na coluna ao lado direito; no rodapé temos o índice de assuntos/ temas publicados e o índice de autores dos textos.

Permitindo fácil localização da temática de interesse dos leitores.

 

Neste sexto número, foram publicados dois artigos:

 

Artigos:

 

1. Modernização de catracas eletromecânicas da UFABC: implementação de nova interface de comunicação - de autoria do Prof. Ms. Thiago Abraão dos Anjos da Silva, docente da FAPEN; Doutorando em Energia na Universidade Federal do ABC, Mestre em Engenharia Mecânica, Graduado em Tecnologia de Mecânica de Precisão, Graduado em Engenharia de Instrumentação, Automação e Robótica; e Chefe de Divisão da Prefeitura Universitária da UFABC.

https://fapenpentagono.blogspot.com/2020/06/modernizacao-de-catracas.html

 

2. A didática na formação do docente de filosofia - de autoria deste editor da Revista, Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos; Doutor em Ciências Humanas pela USP, com MBA em Gestão de Pessoas, Bacharel em Filosofia pela FFLCH/USP, Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Educação da USP, Licenciado em História e atualmente terminando a graduação em Pedagogia; ganhador do prêmio Jabuti, do prêmio Casa Grande e Senzala, de dois prêmios Padre Geraldo Magela para práticas inovadoras em sala de aula, do prêmio Mérito Docente e de uma Menção Honrosa da USP.

https://fapenpentagono.blogspot.com/2020/06/a-didatica-na-formacao-do-docente-de.html

 

Aguardamos novas propostas de colaboração do público interno e externo, as quais serão analisadas pelo editor e conselho editorial.

Convidamos todos a seguir a publicação, clicando no link seguir na coluna ao lado direito, abaixo do sumário.

 

Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

Editor de Publicações FAPEN.


sexta-feira, 26 de junho de 2020

Modernização de catracas eletromecânicas da UFABC: implementação de nova interface de comunicação.

FAPEN ON-LINE. Ano 1, Volume 5, Série 26/06, 2020.

 


Prof. Ms. Thiago Abraão dos Anjos da Silva.

Doutorando em Energia na Universidade Federal do ABC.
Mestre em Engenharia Mecânica.
Graduado em Tecnologia de Mecânica de Precisão.
Graduado em Engenharia de Instrumentação, Automação e Robótica.

Chefe de Divisão da Prefeitura Universitária da UFABC.
Professor do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial e
Engenharia de Produção da FAPEN.


RESUMO:
Este trabalho apresenta o desenvolvimento de uma interface de comunicação proposta para a modernização das catracas eletromecânicas da Universidade Federal do ABC, no campus de Santo André. O projeto foi necessário devido aos recorrentes problemas técnicos no funcionamento dos equipamentos, que apresentavam, principalmente, mau contato nos conectores, provocando queimas constantes das placas eletrônicas, ocasionando altos custos de manutenção e a inviabilização do uso. Dentro deste contexto, foi elaborado uma caixa customizada para enclausurar todas as placas eletrônicas, bem como a construção de uma interface de comunicação através do uso de um DB37 vias para facilitar a substituição e a manutenção do equipamento.

PALAVRAS-CHAVE: Controle de Acesso, Catraca Eletromecânica, Interface de Comunicação.

 

ABSTRACT: This work presents the development of a proposed communication interface for the modernization of electronic locks at the Federal University of ABC, on the Santo André campus. The project was necessary due to the recurring technical problems in the operation of the equipment, which had mainly bad contact in the connectors, causing constant burns of the electronic boards, also high maintenance costs and making the use unfeasible. Within this context, a customized box was designed to enclose all electronic boards as well as the construction of a communication interface through the use of a DB37 track to facilitate the replacement and maintenance of the equipment.

KEYWORDS: Access Control, Electromechanical Turnstile, Communication Interface.

 

1. INTRODUÇÃO.

O controle de acesso pode ser entendido como a restrição seletiva de acesso a um determinado ambiente, instalação predial, sala, laboratórios e áreas técnicas.

Para que haja acesso a um determinado local com restrição, normalmente o indivíduo precisa ter autorização ou permissão para entrar, fornecida por alguém que já possua essa autorização.

A grande maioria das edificações possuem ativos que precisam ser mantidos em segurança, protegidos contra o acesso indevido, ou diante da tentativa de furto ou roubo. (BENANTAR, 2006)

O acesso autorizado pode ser controlado usando portas, portões, catracas e instalações seguras, como cofres, barreiras e postes.

A instalação do controle de acesso pode ser um pré-requisito para a aquisição de uma apólice de seguro, ou simplesmente gerar uma economia direta no seu preço final.

Os sistemas de controle de acesso podem ser supervisionados ou controlados por uma equipe, ou ainda podem ser operados de forma autônoma com a utilização de travas.

Os bloqueios e as chaves são os métodos mais utilizados para controlar o acesso, mas são inevitavelmente inflexíveis e podem ser perdidas, extraviadas, roubadas ou copiadas.

Assim, uma maior flexibilidade pode ser obtida gerando uma redução de despesas da troca de segredos e na reemissão de chaves sendo evitados pelos sistemas de controle eletrônico de acesso.

Depois da instalação de um sistema eletrônico de controle de acesso, os locais de acesso podem ser supervisionados e controlados de forma remota ou programados para operar automaticamente, permitindo ao pessoal autorizado acessar as instalações específicas em horários determinados.

 

Vários sistemas de acreditação podem ser utilizados para validar a autorização:

• Acesso via crachás ou tokens.

• Impressões digitais.

• Identificação de íris.

• Chaves, Cartões-chave ou Porta-chaves.

• Uso de Senhas, Códigos ou PINs.

• Reconhecimento por vídeo.

• Bilhetes.

 

Uma vez adquiridas às informações de acesso, essas são transmitidas para um sistema de controle de acesso na qual as credenciais podem ser verificadas.

 

Há dois tipos principais de sistemas de controle de acesso eletrônico:

• Sistemas autônomos.

• Sistemas em rede.

 

Sistemas de controle de acesso independentes podem ser usados para controlar o acesso em um local específico.

Um sistema local é programado para cada ponto de entrada e o acesso é normalmente obtido usando um código ou senha numérica ou apresentando um chaveiro, cartão ou token.

Os sistemas de controle de acesso autônomo são normalmente usados em residências, pequenas instalações comerciais, pequenos locais seguros e unidades de armazenamento.

A instalação e o gerenciamento dos sistemas independentes são relativamente diretos e os controles de acesso podem ser estendidos se os requisitos forem alterados.

O controle de acesso em rede pode regular um ou mais pontos de acesso.

Os sistemas de controle de acesso em rede podem ajudar a gerenciar muitos usuários e portas com eficiência.

Oferece controle central e pode permitir diferentes indivíduos ou grupos com diferentes níveis de autorização em diferentes momentos.

O sistema pode ser expandido facilmente, pode operar em mais de um site e, cada vez mais, pode ser integrado a outros sistemas, como CFTV, alarmes de incêndio, alarmes de intrusão e iluminação.

Os sistemas podem incluir geração automática de relatórios (FERRARI, 2010).

Os produtos especializados em controle de acesso, como catracas, podem ser usados para permitir o acesso de uma pessoa por vez ou para controlar a velocidade ou a direção do fluxo.

Eles também podem oferecer uma contagem precisa e verificável de presença, por exemplo, antes de um evento esportivo.

O acesso a um único arquivo pode ser útil para fornecer à equipe de segurança uma visão clara de cada participante.

Os campi, da Universidade Federal do ABC, possuem diversos tipos de controle de acesso, cancelas, catracas eletromecânicas, controladoras de porta e portas com chave eletrônica.

Dentre estes controles, a catraca eletromecânica destaca-se devido ao grande número de usuários que as utilizam para acesso e saída dos prédios.

Recorrências de falhas eletrônicas nesses equipamentos eram constantes, geravam diversos transtornos para a segurança patrimonial, principalmente nos horários de alto fluxo, sendo urgente a proposta de soluções adequadas para minimizar ações de manutenção e custos.

 

2. DESCRIÇÃO DO HARDWARE DA CATRACA ELETRÔNICA.

As catracas eletromecânicas utilizadas na Universidade Federal do ABC, no campus de Santo André, possuem a sua construção em aço inox, e originalmente os componentes eletrônicos necessários para o processamento, bateria, comunicação de rede, fonte de alimentação e interface de acreditação são fixados ao longo do corpo da catraca, a Figura 1, apresenta os detalhes da interligação original das placas eletrônicas.

A partir do diagrama esquemático da interligação entre as placas eletrônicas e considerando a montagem das placas eletrônicas afixadas no interior da catraca, conforme pode ser verificado na Figura 2, foi proposta uma nova configuração para facilitar as ações de manutenção e diminuir a ocorrência de falhas que inviabilizam o seu uso.

As principais placas eletrônicas utilizadas para o funcionamento são:

• Placa IHM (Interface Homem Máquina), responsável pela interação com os usuários através de um display LCD de 16 colunas por duas linhas e interface com o leitor de cartão RFID;

• Placa de Rede, conversor serial para interface de rede TCP/IP com conector RJ45;

• Placa Lógica, responsável pela interface com eletroímã, pictograma e posicionamento do bloqueio da catraca;

• Placa Fonte, fonte de alimentação DC usada para os periféricos e para controlar o carregamento da bateria (No-Break).

 

3. METODOLOGIA DE PESQUISA.

A metodologia proposta neste trabalho baseou-se na identificação da pinagem de todos os conectores utilizados na interface original, essas informações foram obtidas a partir do diagrama esquemático da montagem das placas eletrônicas, bem como o manual técnico do equipamento disponível.

Assim, a abordagem foi realizar um mapeamento de toda a pinagem, considerando a relação entre todas as placas, identificação de quais e os tipos de sinais utilizados no funcionamento da catraca eletrônica.

Uma vez realizado este levantamento, foi proposta a construção de uma interface de comunicação que pudesse concentrar o conjunto de placas eletrônicas em uma caixa customizada, sendo posteriormente interligada por uma interface de conexão DB37 vias. A Figura 3 apresenta a lista com as pinagens mapeadas, os novos endereços na pinagem do DB37 vias e as cores associadas conforme o cabo de controle usado.

A partir da lista de pinagem foi alocado as placas eletrônicas no interior da caixa, considerando um layout mais adequado para futuros manutenções, considerando a dissipação de calor e a melhor posição para a montagem da Interface.

 

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES.

A solução encontrada consistiu em realocar os componentes que compõem as catracas em uma caixa, conforme pode ser verificado na Figura 4.

Dessa forma, a estrutura da máquina permanece, mantendo fora apenas sua interface que faz interligação com a placa IHM (visor por meio do qual o usuário tem acesso aos dados).

O desenvolvimento das interfaces e o mapeamento dos aparelhos permitem diminuir o tempo de manutenção, pois ao identificar problemas na catraca.

O manutentor pode tomar a rápida decisão de substituir a caixa por outra e realizar os testes e configurações em bancada, enquanto esta catraca continua em operação, sem comprometer o funcionamento do controle de acesso.

Conforme pode ser verificado na Figura 5, os detalhes da construção do cabo de controle multivias com o conector macho de DB37 vias, conectado de um lado, e do outro, temos os respectivos conectores que são encaixados nas placas eletrônicas.

A Figura 6, apresenta os furos que são devem ser realizados para o encaixe do conector fêmea DB37 vias, cabo de rede ethernet e cabo de alimentação elétrica.

A Figura 7, mostra a montagem final da caixa com a alocação das placas eletrônicas e a montagem conector fêmea DB37 vias com os respectivos pinos conforme a lista apresentada na Figura 3.


5. CONCLUSÃO.

O uso dos controles de acesso eletrônico são uma maneira eficiente e flexível de proteger as edificações, além de fornecer dados importantes com relação ao número de acessos de pessoas ou veículos, tempo de permanência no local. Fornecendo elementos para realização de auditorias através de histórico de acesso.

O projeto apresentado neste trabalho contribui para diminuir o número de ocorrências na manutenção nos equipamentos, fato comprovado pelo software de acompanhamento de gestão da manutenção.

A solução foi implementada em um total de 20 catracas, antes da instalação deste sistema, havia a ocorrência da parada de 5 a 6 catracas por mês, com problemas de queima das placas ou mau contato.

A partir do uso da caixa, constatou-se que no período de um ano não houve ocorrências de manutenção, fato que gerou uma redução de custo na aquisição de peças.

 

6. AGRADECIMENTOS.

Este trabalho agradece o apoio da Equipe Técnica da Prefeitura Universitária da Universidade Federal do ABC, pelo espaço cedido, bem como a infraestrutura e as ferramentas necessárias para a realização da montagem e configurações.

Agradecimento ao apoio técnico da equipe de manutenção representado pela Empresa MPE Engenharia e Serviços S/A, em especial, aos Engenheiros Jonathas Delmondes de Oliveira e Everton Seiji Toyota, ao Eletricista Abel Alves Trindade e ao Téc. em Eletrotécnica Aldo José de Oliveira.

Contribuições que foram fundamentais para o bom funcionamento da interface de comunicação.

 

7. REFERÊNCIAS.

AYRES SFREDDO, Josiane; FLORES, Daniel. Segurança da informação arquivística: o controle de acesso em arquivos públicos estaduais, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO/IEC27002: tecnologia da informação - Técnicas de segurança - código de prática para a gestão da segurança da informação, 2005. Conteúdo técnico idêntico ao da ABNT NBR ISO/IEC 17799.

BENANTAR, Messaoud. Access control systems: Security, identity management and trust models. [S.l: s.n.], 2006.

BRASIL. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma NBR ISOIEC 17799. Tecnologia da Informação - Técnicas de Segurança - Código de Prática para a Gestão da Segurança da Informação.

BRASIL. Decreto nº 3.505, de 13 de junho de 2000, que institui a Política de Segurança da Informação nos órgãos e entidades da Administração Pública Federal.

BRASIL. Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002, que dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da Administração Pública Federal, e dá outras providências.

FERRARI, Elena. Access Control in Data Management Systems. [S.l: s.n.], 2010. v. 2.

VETRONIC SOLUÇÕES EM CONTROLE DE ACESSO. Manual de operação e manutenção, versão 1, 2010.